A história de Horizon Forbidden West passa-se seis meses depois dos acontecimentos de Horizon Zero Dawn, o primeiro jogo da série. Há uma nova ameaça à vida na Terra e Aloy, a heroína, deixa os seus amigos e parte para Oeste, à procura de pistas que a ajudem a resolver este novo problema.
A primeira coisa que impressiona pela positiva em Forbidden West é o mundo. Temos vida em todo o lado, animais e insectos (pelo menos na versão PS5) e depois há as máquinas. Este episódio tem novas “criaturas”, como mamutes mecânicos que foram transformados em máquinas de guerra gigantes e um novo morcego gigante, com a capacidade de ficar invisível.
História que agarra
Outra coisa impressionante é a própria história, cheia de pormenores e personagens icónicas que acrescentam profundidade a tudo o que Aloy faz. Forbidden West também introduz uma nova mecânica de jogo: a possibilidade de nadar. Uma das coisas de que gostei menos no primeiro episódio foi da água, que, na esmagadora maioria dos casos, se parecia mais com gelatina. Em Forbidden West, a água ficou líquida e com uma aparência mais realista. Quando Alloy chega a Las Vegas, uma das missões é a de recolher um objecto que está numa cidade afundada, uma Atlântida no meio do deserto. Este é o nível em que se consegue ver bem os progressos que a Guerrilla Games fez na reprodução do meio aquático.
De resto, a mecânica do jogo é muito semelhante à do primeiro episódio: quando encontramos inimigos (máquinas ou humanos) há sempre a possibilidade de tentar fazer as coisas furtivamente ou a combater. No caso de serem máquinas, há uma terceira hipótese: controlá-las. Aqui, há dois tipos de comportamento: se dominarmos uma máquina que possa servir de montada, o controlo é permanente; se não, o controlo é temporário e, no fim, a máquina ataca Aloy.
As missões (quests) estão divididas em ‘Main’, ‘Side’, ‘Errands’ e ‘Contracts’; enquanto as ‘Main Quests’ têm um nível de dificuldade progressivo e antecipável, as outras são aleatórias. Podem ser facílimas ou dificílimas e nós nunca sabemos isso de antemão (pelo menos na primeira vez que as fazemos).
O mapa é gigantesco: quando escrevi este texto já tinha quase cem horas de jogo e, como sou completionist no que toca a jogos deste tipo, são tinha feito pouco mais de 50%, entre ‘Main’ e ‘Side Quests’.
Apesar de ser um jogo espectacular, não é perfeito. E há duas coisas que me fazem alguma confusão. A primeira são os olhos dos personagens durante as cutscenes – percebo que a Guerrilla quisesse dar expressões mais humanas às personagens, mas os movimentos das cabeças e dos olhos são muito pouco naturais e até algo estranhos. Outra coisa que funciona mal é mecânica de escalada. Quando se quer subir a mesma montanha mais que uma vez, por vezes é só apontar o manípulo para onde se quer que Alloy vá; noutras, tem de se andar à procura dos sítios onde ela se pode agarrar.
Editora: Guerrilla Games
Distribuidora: Sony
Plataformas: PS4, PS5
Preço: €69,99 (edição standard)