O espelho principal do novo telescópio espacial James Webb, com 6,5 metros de diâmetro, teve de ser dobrado para conseguir caber no último andar do foguetão Ariane 5 que o levou para o espaço. A manobra de desdobramento total do espelho principal aconteceu este sábado após outras 49 manobras semelhantes que foram sendo feitas desde o lançamento que ocorreu no dia de Natal de 2021 a partir da base da ESA na Guiana Francesa.
Nas próximas semanas, o James Webb vai continuar viagem até ao ponto Lagrange 2, entre a Terra e o Sol. Pelo caminho, a equipa responsável pelo telescópio vai começar a calibrar os 18 segmentos que compõem o espelho principal para os alinhar. Todos os segmentos do espelho, podem ser movidos individualmente através de 126 motores que estão instalados na parte de trás do espelho.
#NASAWebb is fully deployed! 🎉
With the successful deployment & latching of our last mirror wing, that’s:
50 major deployments, complete.
178 pins, released.
20+ years of work, realized.
Next to #UnfoldTheUniverse: traveling out to our orbital destination of Lagrange point 2! pic.twitter.com/mDfmlaszzV
— NASA Webb Telescope (@NASAWebb) January 8, 2022
Espera-se que o telescópio envie as primeiras imagens para a Terra durante o verão deste ano.
Antes de chegar ao ponto L2, a nave terá ainda de fazer uma correcção de trajectória, que vai ajudar o veículo a posicionar-se numa órbita no segundo ponto Lagrange, a pouco mais de 1,6 milhões de quilómetros do nosso planeta. A razão para esta distância é proteger os instrumentos do James Webb da luz e calor do Sol, da Terra e da Lua.
O telescópio espacial James Webb é fruto da colaboração entre a Agência Espacial Europeia, a NASA e a Agência Espacial Canadiana, tem como objectivo substituir o Hubble, e foi o objecto mais complexo jamais enviado para o espaço. Segundo a NASA, o lançamento foi tão preciso que o telescópio tem combustível suficiente para funcionar durante mais tempo do que os 10 anos planeados inicialmente.