Que é como quem diz, o olho que o analista com maior fiabilidade nas previsões sobre a Apple tem para o que se espera que se torne realidade – aumentada – já este ano.
Quem acompanha esta coluna de opinião saberá que, durante anos, advoguei os pagamentos mobile. Ad nauseam. Não canto vitória, porque as minhas previsões nunca foram tão fiáveis como as de Ming-Chi Kuo. Este acredita que, em 2021, a empresa de Cupertino pode lançar óculos de realidade aumentada que, pasme-se, poderão vir equipados com o chip M1 dos mais recentes MacBooks e um outro só para lidar com os vários sensores que o aparelho trará.
Kuo acredita ainda que, além de AR, estes óculos equipados com um par de micro ecrãs OLED fabricados pela Sony poderão também oferecer experiências de realidade virtual.
Se este rumor estiver algo perto da realidade, e o dispositivo for algo que esteticamente não choque os utilizadores, acredito que terei encontrado algo para substituir o que previa nos pagamentos móveis: a next big thing in user tech. Mais que o metaverso ou mesmo a RV, acredito que a RA, neste tipo de dispositivos, poderá ser o grande desafio à ubiquidade do que muitos apelidam de dispositivo perfeito: o smartphone.
Um head-up display, como hoje encontra nos automóveis, à frente dos olhos, não só evitará a permanente dor de pescoço e os choques inadvertidos contra pessoas e objectos. Dar-lhe-á, em tempo real e à sua volta, toda a informação que lhe permitir. É todo um novo mundo.
Ainda voltando aos pagamentos. É só comigo ou já reparou que mais facilmente lhe apresentam um terminal contactless ou MBWay que lhe estendem a mão para receber dinheiro papel?