A Check Point partilhou dados que podem ser considerados alarmantes sobre o panorama de segurança digital no País: a área de Threat Intelligence desta empresa de segurança israelita concluiu que o número de ciberataques a organizações portuguesas aumentou 81% em 2021, relativamente a 2020.
Este valor é quase duas vezes superior ao aumento que se registou a nível mundial entre 2020 e 2021, que foi “apenas” de 50%.
Segundo a Check Point, as empresas do sector das utilities foram as mais visadas, com um aumento de 371% em relação a 2020; educação/investigação, saúde, administração pública/militar e sector transformador estão, também, entre as “campeãs” de ataques sofridos em 2021 – em média, cada uma destas «sofreu uma média de 881 ataques por semana», todas com aumentos a rondar os 100%.
Em todo o mundo, o pico dos ciberataques aconteceu em Dezembro, um mês marcado pela disseminação do exploit Log4J, lembra a Check Point. No que respeita às regiões do mundo onde se registou o maior número de ataques, a Europa encabeça a lista com mais 68%, seguida da América do Norte, com 61%.
«Os hackers continuam a inovar. O mais alarmante é o facto de estarmos a ver algumas indústrias fulcrais para a sociedade subir cada vez mais na lista dos mais atacados. Estes números vão aumentar em 2022, podemos dizer até que estamos a viver uma ciberpandemia», acredita Omer Dembinsky, data research manager da Check Point Software.