A campanha de Halo Infinite começa com Master Chief a flutuar pelo espaço depois de um duro combate com o líder dos Banished, uma facção que agrega praticamente todos os inimigos da humanidade que foram aparecendo nos jogos da série. O Spartan 117 é, mais tarde, apanhado numa nave de transporte Pelican por um piloto que se escondeu após a armada humana ter sido derrotada e que apenas quer voltar para casa.
A campanha single player de Halo Infinite foi anunciada como sendo o primeiro jogo de mundo aberto da série Halo (em 2001, com a primeira versão da consola Xbox da Microsoft), mas não é bem assim. Embora haja alturas em que se pode passear livremente com Master Chief pelo mapa de Zeta Halo, apanhar itens e fazer algumas side missions, as zonas que se podem explorar livremente estão compartimentadas pelas missões da história. Ou seja: só pode explorar se progredir.
Umas das missões que se podem fazer é a libertação de várias bases do exército humano, espalhadas pelo mapa. Assim que consegue libertar uma, tem acesso a novas armas, veículos e pontos de interesse nas imediações. Outras passam pela libertação de soldados humanos capturados pelos Banished; também se podem eliminar alvos específicos, que depois dão acesso a armas especiais, que, essencialmente, são versões mais potentes das que vamos encontrando pelo mapa.
Uma outra novidade de Halo Infinite é o gancho que está embutido na armadura de Master Chief. Em Halo, os combates já tinham um elemento tridimensional com a possibilidade de se usarem veículos voadores, mas agora, com o gancho, esse elemento passa para o combate terrestre e permite fugir rapidamente ou encontrar novas formas de eliminar os inimigos.
Halo não é (nem quer ser) um Fallout 3 ou um Witcher, em que fazer as side missions são metade do gozo que o jogo dá. Pelo contrário, o ponto forte de Halo é a história principal, o resto são mais distracções para passar o tempo, até porque, à terceira base libertada, começa-se a perder a vontade de procurar o resto, porque é essencialmente sempre a mesma coisa.
Halo Infinite é um jogo que, na dificuldade normal, é difícil. Logo nos primeiros momentos devo ter morrido umas cinco vezes, porque a 343 Industries fez um excelente trabalho de programação da inteligência artificial dos inimigos, que tentam explorar sempre os nossos pontos fracos. Tem que se fazer referência aos diálogos e ao motion capture: estão ambos excelentes.
O que faz falta a Halo? Talvez side missions mais a sério ou alguns puzzles para fazer os jogadores puxarem pela cabeça nos intervalos dos tiros.
Editora: 343 Industries
Distribuidora: Microsoft
Disponível para: Xbox, Windows
Preço: €59,99 (PC), €69,99 (Xbox), disponível com o Game Pass Ultimate