O software open source já proporcionou um crescimento económico entre 65 mil e 95 mil milhões de euros a empresas europeia que investiram mil milhões de euros neste tipo de recurso de código livre.
Esta é a principal conclusão de um estudo publicado pela Comissão Europeia, que a Associação de Empresas de Software Open Source Portuguesas (ESOP) usa para defender o reforço na aposta em programas não-proprietários, como por exemplo, o uso do LibreOffice em vez do Office da Microsoft.
«Um aumento em 10% do investimento anual em software open-source geraria um crescimento de 0,4% a 0,6% do PIB todos os anos, bem como mais de seiscentas novas empresas no setor das tecnologias da informação e comunicação da UE». Para chegar a este patamar, a ESOP pede um «novo nível de envolvimento político».
A tomada de posição da ESOP faz eco das cinco prioridades defendidas pela European Open Source Business Association (APELL) em termos de políticas públicas de adopção de software livre. A organização começa por pedir «estratégias específicas» em cada estado-membro da UE e que os programas open-source sejam de aquisição prioritária.
Segundo a APELL, o investimento em software open source por parte das PME deve ser apoiado pelos Governos/UE; os incentivos fiscais e o «financiamento público de projetos específicos e estratégicos» de software livre também têm de ser aumentados.
Finalmente, esta associação quer colocar o open source no «centro das estratégias de competências digitais e do ensino de ciências da computação em toda a Europa», com o objetivo de «impulsionar a inovação a longo prazo».
A APELL, citada pela ESOP, lembra que o software open source está no «centro da inovação e a Europa tem a oportunidade de liderar».