A tecnologia já evoluiu ao ponto de ser possível ter-se computadores portáteis para jogos que já não são “tijolos”, que de portáteis só tinham o nome. Isto é possível porque os processadores e a GPU estão mais eficazes em termos energéticos e de gestão de temperatura, o que permite a utilização de soluções de arrefecimento muito mais pequenas e leves que no passado.
A mais recente máquina portátil para jogos que nos chegou à redacção foi o Predator Triton 300 SE da Acer. É um computador todo feito em metal, com um acabamento que faz lembrar o titânio, mas que é uma liga de magnésio (porque se fosse mesmo em titânio, de certeza que não custava apenas 1600 euros).
Entrar em modo turbo
O ecrã tem catorze polegadas, com uma resolução FullHD (1920 x 1080) e uma taxa de actualização de 144 Hz, o que, teoricamente, permite animações fluídas e que pode dar uma pequena vantagem em certos tipos de jogos.
O teclado é tipo ‘chiclete’, mas não tem interruptores analógicos. Isto é excelente para reduzir o ruído das teclas, mas não é tão interessante para quem joga. Curiosamente, junto ao ecrã, está uma tecla denominada ‘Turbo’, que serve para acelerar todo o sistema e que faz lembrar os botões semelhantes que havia nos computadores nos anos noventa e início dos anos dois mil.
Em termos de ligações, estão presentes duas USB 3.2 Type-A e uma Type-C. O Triton também tem uma entrada HDMI e uma entrada jack de 3,5 mm para a ligação de um headset.
A Acer conseguiu integrar componentes que prometem um desempenho mais que adequado para quem quiser jogar confortavelmente. O processador é um Core i7-11370H com quatro núcleos e oito threads. A memória RAM é DDR 4 e tem 16 GB. Já a gráfica é uma Nvidia Geforce RTX 3060 com 6 GB de memória dedicada GDDR6. O sistema de armazenamento é composto por um SSD M.2 com 1 TB de capacidade. As ligações sem fios são compostas por rede sem fios até 802.11 ax e Bluetooth.
Dá para quase todos os jogos
A qualidade da construção deste Predator Triton 300 SE é impecável, o material de que é feito tem uma textura muito agradável e o facto de ser em metal inspira bastante confiança na durabilidade deste computador.
O teclado tem um curso não muito longo e, como já foi mencionado, é praticamente silencioso. O problema é que estes teclados não são conhecidos pela durabilidade, principalmente se forem algo mal tratados, como acontece quando se joga mais intensamente.
A qualidade de imagem é bastante boa e o facto de ser FullHD, aliado à gráfica RTX, permite jogar muitos títulos com as definições de qualidade próximo das máximas, sem grandes perdas de velocidade.
Mas nada é perfeito e o calcanhar de Aquiles do Triton é o ruído. Quando o sistema está a ser mais carregado (como acontece na grande maioria dos jogos), as ventoinhas rodam tão depressa que o computador faz um ruído que, ao fim de algum tempo, se torna bastante desconfortável. Por isso, aconselho a compra de um bom headset, se for jogador.
O desempenho do Triton está dentro do que seria de esperar. Nos jogos conseguimos 91 FPS médios no FarCry 5 e 81 FPS no Metro Last Light. Estes dois jogos foram testados com as definições no máximo e como se pode ver, o Triton não desilude.
Distribuidor: Acer
Preço: €1599
Benchmarks
- PCMark 10 Geral: 5885
- PCMark 10 Produtividade: 8995
- 3D Mark Fire Strike: 15895
- 3D Mark Sky Diver: 34 741
- FarCry 5 1080p Ultra (FPS médios): 91
- Metro Last Light 1080p Highest DX 12 (FPS médios): 81
Ficha Técnica
Processador: Intel Core i7-11370H, 3,30 GHz, 4 núcleos
Placa gráfica: Nvidia GeForce RTX 3060, 6 GB GDDR6
Ecrã: LCD IPS 14″, 1920 x 1080, 144 Hz
Memória RAM: 16 GB DDR4 SDRAM
Armazenamento: SSD M.2 1 TB
Ligações: W-Fi IEEE 802.11 ax, Bluetooth, HDMI, 2 x USB 3.2 Ger. 2 Tipo A, USB 3.2 Ger. 2 Tipo C
Dimensões: 17,90 x 323 x 228 mm
Peso: 1,80 kg