Depois do Hospital da Luz, da Fundação Champalimaud e do Curry Cabral, há mais uma unidade de saúde em Portugal a ter um robot-cirurgião Da Vinci.
Criado pela Intuitive Surgical em 2000, a primeira unidade em Portugal foi instalada no Hospital da Luz (Lisboa) em 2010. Até os Lusíadas terem adquirido um Da Vinci, havia apenas mais três destes robots a operar no País: Luz Arrábida, Fundação Champalimaud (2016) e Curry Cabral (2019).
Cancro é uma das especialidades do Da Vinci
Com preços que podem chegar quase aos três milhões de euros, o Da Vinci (modelo Xi) estreou-se em Novembro na unidade de cirurgia geral dos Lusíadas e pode ser usado em «várias áreas»; contudo, os responsáveis pelo hospital destacam o «tratamento do cancro da próstata ou do reto em cirurgias urológicas ou gastrointestinais».
As intervenções feitas pelo Da Vinci têm a vantagem de criar uma «incisão mais precisa» no local a operar e de proporcionar «uma recuperação mais rápida no pós-operatório, no caso dos procedimentos menos invasivos».
A redução das «hipóteses de infecções no pós-operatório» é outro dos argumentos do Da Vinci, lembra Nuno Figueiredo, coordenador da unidade de cirurgia geral do Hospital dos Lusíadas.
Oitocentas cirurgias em seis anos
Em relação ao histórico de operações a nível nacional com o Da Vinci, há números do Hospital da Luz e do Curry Cabral: até 2016, o primeiro robot comprado para Portugal tinha feito mais de oitocentas cirurgias; já no hospital do SNS, até Junho deste ano houve cinquenta intervenções.