A tecnologia LiFi permite, em teoria, oferecer uma ligação de dados sem fios que pode ser até cem vezes mais rápida que o Wi-Fi tradicional. Para isso, utiliza uma fonte de luz intermitente, recorrendo a um díodo LED, em vez de usar ondas de rádio.
Vantagens e desvantagens
A grande vantagem desta tecnologia é que, ao recorrer a sinais de luz em vez de ondas de rádio hertzianas para a transmissão dos dados, deixa de sofrer de interferências em locais com campos de ondas electromagnéticas fortes, como hospitais, instalações militares, aeroportos e até mesmo no interior de aeronaves, bem como poderá funcionar em locais de alta densidade, já que não será necessária a aplicação de um sinal mais forte para poder trabalhar com um maior número de dispositivos.
O LiFi pode igualmente ser usado em situações muito específicas, como na água do mar, uma vez que o feixe de luz consegue ser transmitido debaixo de água, ao contrário das ondas de rádio. Em termos de desvantagens, a principal será o baixo alcance, que não pode superar os dez metros (para garantir a fiabilidade do sinal de luz transmitido) e o facto de o feixe de luz não poder ser interrompido, ou seja, o dispositivo emissor e o receptor têm de estar visualmente enquadrados. Por outro lado, esta limitação poderá também ser considerada como uma vantagem, já que o sinal não será propagado através de paredes, tornando a ligação mais segura.
Como funciona
Para a propagação dos dados, a tecnologia LiFi usar praticamente todo o espectro de luz, seja ela visível, infravermelha ou ultravioleta. No caso da luz visível, são utilizados LED de alta frequência, que podem ser ligados e desligados de forma muito rápida (cerca de 1 μs), garantindo assim uma aparência de continuidade da luz emitida. Este feixe de luz poderá utilizar múltiplos LED, onde cada díodo transmite um único fluxo de dados, aumentando assim a frequência de dados transmitidos. Desta forma será possível atingir-se o valor máximo teórico da tecnologia LiFi, que rondará 224 GB/s, ou seja, significativamente mais rápido que a velocidade máxima permitida por ondas de rádio, que numa frequência de 60 GHz, não conseguem mais que 7 GB/s de velocidade máxima.
Para garantir uma comunicação de duplo canal, os dispositivos receptores, como um smartphone, devem ser capazes de emitir sinais de luzes que, por sua vez, serão recebidos pelas unidades emissoras de sinal (como lâmpadas LED), sendo neste caso utilizado um feixe de luz infravermelha.