A terceira edição da Eurekathon distinguiu o projecto de data science Blind Data que será aplicado na cidade de Matosinhos, com a ajuda do CEiiA. A ideia passa por indicar os transportes mais “verdes” para um determinado trajecto.
A equipa vencedora (quatro estudantes de engenharia Biomédica e um Data Scientist, da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto) respondeu ao desafio ‘Como promover a transição de Matosinhos para a micromobilidade, rumo à descarbonização?’ com uma solução que se baseia em dois «modelos preditivos».
Micromobilidade, mas não só
Para calcular as viagens mais amigas do ambiente, a Blinda Data cruza estes modelos: «Um para calcular a poupança de emissões de CO2 com a viagem; e outro para recomendar o meio de transporte de micromobilidade mais adequado».
Segundo a Blind Data, estes modelos conseguem «prever os fluxos de circulação ideais, por zona, e recomendar, considerando todos os critérios avaliados, as transições de transporte mais prováveis, integrando não apenas as soluções de micromobilidade existentes, como todas as soluções de mobilidade».
Poupança de 73 toneladas/ano de COs
Os criadores desta solução acreditam que a «taxa de penetração máxima» deste recurso, em Matosinhos, será de 5%; se este valor for mesmo atingido, será possível uma «redução de 199 kg por dia de CO2», o que corresponde a 73 toneladas/ano.
Quer a Blind Data, quer os segundos e terceiros classificados, receberam prémios monetários que foram doados a ONG: a vencedora deu a total dois mil euros do à New Incentives e a Trust (segundo lugar) entregou os mil euros à Casa do Caminho e a Boosted Pandas deu 20% do seu prémio (cem euros) à Associação Natureza Portugal.
Como é habitual, a Eurekathon teve, além da Câmara de Matosinhos e do CEiiA, o apoio da LTPlabs, da Porto Business School e da NOS.