O problema da poluição dos oceanos vai ser um dos alvos da ESA para os próximos anos. A Agência Espacial Europeia testou um modelo de identificação de plásticos nos mares com recurso a satélites.
Estes testes aconteceram nos Países Baixos, no Instituto de investigação Deltares. Os cientistas usaram um «modelo à escala real do Oceano Atlântico para testar se as tecnologias espaciais seriam capazes de o detectar a partir da órbita».
Para recolher dados e comprovar se os satélites conseguem ser usados para detectar plástico a flutuar, quer em águas calmas, quer com ondulação, equipas de Espanha, Escócia, Alemanha Portugal, Canadá e dos próprios Países Baixos, estiveram a fazer medições remotas.
Em Portugal, a análise foi feita pelo Instituto das Telecomunicações que, em conjunto com a equipa escocesa, usou «sensores remotos por radar». Já em Espanha, por exemplo, foi usada «reflectometria GNSS [Global Navigation Satellite System]», uma tecnologia que usa sinais «reflectidos de satélites de navegação».
Neste momento, as equipas de cientistas estão a «processar os dados» da experiência, com os primeiros resultados a revelarem-se «promissores», disse Peter de Maagt, investigador da ESA que está a supervisionar este projecto.