A NOS ter descontinuado a rede de Hotspots NOS Wi-Fi não me deu jeito nenhum, já que fiquei sem net em metade da casa. Não tenho conta num fornecedor de Internet em meu nome há mais de quinze anos e, nesse período de tempo, só paguei por uma ligação durante dezoito meses. Saibam como e o porquê, já a seguir.
Há anos que uso a conta do operador dos meus pais para aceder ao hotspot dos vizinhos. Tinha também um login NOS WI-FI (obrigado, Daniel), mas esse serviço foi terminado a meio de Agosto. Uma ligação antiga, de quando ainda era Fon-Zon.
Uma das muitas razões para não estar vinculado a um operador é o custo mensal de um pacote, que inclui telefone fixo que não preciso e TV que não vejo. São cerca de cinquenta euros que, multiplicados por 162 meses, dão um número grande.
Hoje em dia até posso pagar e a Internet em Portugal nem é muito cara: somos o 15.º país com o Mb mais barato ($0,13, uma fortuna comparado com os $0,02 da Roménia). Mas é demasiado para o país que temos.
«A velocidade é má, estás a parasitar a rede!» Ambos os argumentos são inválidos. É um pouco mais lenta, sim, mas dá para trabalhar e entretenimento. De acordo com testes semi-científicos, mesmo com 200 GB mensais de consumo, não afecto a velocidade do vizinho. A rede funciona, e bem.
Ter Internet é tão essencial como ter luz ou água em casa, mas a conta mensal pode ser superior à soma dessas duas. A nova Tarifa Social de Internet (TSI) é uma solução interessante para quem tem menos posses, mas uma investigação às práticas coercivas de alguns operadores e atitude de cartel seria mais eficaz para tornar esta necessidade básica mais acessível para todos. Podemos sonhar.
O risco que vejo na TSI (uma letra no teclado ao lado de ‘RSI’) é que se abra a porta a uma “Internet dos pobrezinhos”, com a consequente criação de nets para outras classes e de um estigma para quem a utiliza. A intenção é boa, mas vamos esperar para ver os resultados.
Para já, estou no mercado para assinar com uma operadora. Acho que é altura de assentar.