Durante a edição Adobe Max, a empresa anunciou que vai lançar versões online de dois dos seus programas mais populares: o editor de imagem Photoshop e o programa de desenho por vectores Illustrator.
As versões web destes programa não vão ter todas as capacidades das versões offline, apenas vão permitir edições básicas e a publicação de comentários. No entanto, à medida que forem acrescentadas mais funcionalidades, há a hipótese de que as versões online venham a substituir as versões desktop destes programas.
As novas versões online do Photoshop e do Illustrator, são o resultado do recente foco da Adobe na tecnologia de colaboração. Até agora, quando queria partilhar um trabalho através do serviço Adobe Creative Cloud, os vários utilizadores tinham de ter as mesmas aplicações instaladas nos seus dispositivos. Agora que as aplicações chegaram à web, não é necessário instalar nenhum software, para além do browser, o que permite usá-las em qualquer tipo de dispositivo, independentemente da plataforma ou das capacidades do hardware.
Segundo a Adobe, com estas aplicações, os utilizadores que estiverem a trabalhar em colaboração, vão poder ver, partilhar e comentar documentos guardados na web. No caso específico do Photoshop, podem ser feitos ajustes às imagens e edições rápidas com o conjunto básico de ferramentas do programa, incluindo correcção de cores, selecções e muito mais. No caso do Illustrator, a aplicação web dá acesso a ferramentas essenciais, permitindo usar o Illustrator online para design.
O Photoshop online está disponível para testes aos subscritores através da aplicação Creative Cloud. A versão web do Illustrator está ainda em fase de testes beta privados. Se estiver interessado pode candidatar-se ao programa de testes.
Na mesma conferência, a Adobe também falou de um novo sistema para criadores de NFT, denominado ‘Content Credentials’. Esta nova funcionalidade vai permitir aos criadores ligarem o seu Adobe ID a uma wallet de criptomoedas e assegurarem-se que os NFT colocados em marketplaces seleccionados vêm mesmo do criador em questão através da impressão de um “certificado de autenticidade”. Esta funcionalidade vai estar disponível através da opção “preparar como NFT”, que chegará em breve ao Photoshop.
Um responsável da Adobe explicou que as ‘Content Credentials’ criam dados de atribuição, que são gravados num sistema de ficheiros descentralizado que está albergado numa comunidade chamada IPFS (InterPlanetary File System). Estes dados são usados por marketplaces de NFT, como o OpenSea, Rarible, KnownOrigin e SuperRare, que serão integrados com as ‘Content Credentials’.
Qualquer pessoa pode criar um NFT, mesmo não sendo o autor. A blockchain dá os créditos da criação ao primeiro utilizador a colocar lá o NFT, porque não consegue “ver” quem é que criou realmente o conteúdo. Contudo, com as ‘Content Credentials’, os dados de atribuição mostram quem foi o criador. Embora este sistema não previna o roubo, pode ser usado para saber se alguém está a vender um NFT roubado.