Com a revelação do novo Windows 11, e dos seus exigentes requisitos, um dos termos que mais tem gerado pesquisas nos motores de busca é ‘TPM’, o acrónimo de ‘trusted platform module’, um chip que pode estar embutido no processador, na motherboard ou num módulo instalado posteriormente. Até ao momento, tem sido apenas utilizado em equipamentos destinados ao mercado empresarial, por se tratar de uma ferramenta adicional de segurança no acesso a dados mais sensíveis.
Funcionamento seguro
Desde que foi introduzido em 2006, praticamente todos os computadores empresariais vêm com módulos ou chips TPM. Curiosamente, existem muitos equipamentos domésticos, como computadores portáteis e algumas motherboards, que também contam com esta tecnologia, embora a mesma esteja, muitas vezes, desactivada por defeito na BIOS.
Mas qual a sua função específica? É uma espécie de imobilizador do equipamento que, tal como nos automóveis, sem o código correcto, o computador não ligará. Isto é particularmente importante nos equipamentos empresariais que utilizem unidades de armazenamento encriptadas, sendo o módulo TPM fundamental para garantir o acesso a essas unidades, já que o código de desbloqueio (da encriptação) está alojada no chip do módulo TPM.
Funções adicionais
Além do simples arranque, o módulo TPM pode servir inclusive para algumas funções adicionais, já depois de o equipamento ter sido iniciado. Poderá usar um cliente de email, como o Outlook ou o Thunderbird, que consegue utilizar o módulo TPM para lidar com mensagens encriptadas ou até mesmo navegar em páginas Web seguras, através do Google Chrome e do Firefox: aqui, o módulo TPM servirá de desbloqueador de certificados de segurança (como SSL) para certas páginas.
Existem, inclusive, outros dispositivos que utilizam tecnologias de ligação segura (baseada no princípio tecnológico do TPM, como impressoras) e que só se associam a computadores que tenham a chave de emparelhamento correcta, armazenada por hardware num chip próprio.