Tal como outras áreas de actividade, também os fabricantes de componentes para a memória RAM conseguiram bons resultados em 2020, graças ao aumento da procura de computadores portáteis e de secretária, devido a muitas pessoas passarem a trabalhar e a aprender a partir de casa. No topo do ranking ficou, outra vez a Kingston, que conseguiu obter cerca de 80% de quota de mercado.
De acordo com o estudo de mercado da TrendForce, em 2020, as vendas de computadores portáteis aumentaram 26% em relação ao ano anterior. Isto, combinado com o grande crescimento nas vendas de computadores de secretária, fez com que a procura por memórias RAM também aumentasse muito. O total dos resultados das empresas deste sector aumentou 5%, em relação a 2019, para 16,9 mil milhões de dólares.
A Kingston, que fabrica os módulos de memória HyperX, dominou o ranking dos fabricantes principais. A empresa facturou 13,2 mil milhões de dólares em 2020, o que corresponde a uma quota de mercado de 78%. Apesar de a facturação ter aumentado 2% em 2020, se a compararmos com com a de 2019, a Kingston perdeu alguma quota de mercado no ano passado, apesar apenas 2,3%. Segundo a TrendForce, isto deveu-se a uma política de vendas algo conservadora em 2020 em resposta às incertezas de um mercado muito influenciado pela pandemia de COVID-19.
Como termo de comparação, a Adata Technology, a empresa que está em segundo lugar, conseguiu facturar 540 milhões de dólares, correspondendo a 3,19% do mercado. A facturação da empresa de Taiwan no mercado das memória DRAM subiu 47%, graças à mudança para o trabalho remoto, aprendizagem à distância e à entrada da empresa no segmento do hardware para gaming. A empresa que mais cresceu neste segmento foi a Kimtigo, baseada Shenzhen na China, que conseguiu um aumento de 50% de facturação, passando do sexto lugar da lista para o quarto.
Segundo os dados publicados pela TrendForce, a única empresa que viu a sua facturação reduzir-se, foi a Smart Modular Technologies. A facturação caiu 7,1% em relação à de 2019. A quebra ficou a dever-se ao facto de os mercados onde esta empresa mais vende (Estados Unidos e países sul americanos, como o Brasil), terem sido dos que foram mais afectados pela pandemia.