Numa altura em que a pandemia parece estar a desacelerar, pelo menos em Portugal, e em que 80% da população já está vacinada de forma completa, há um projecto nacional que quer usar IA para ajudar a fazer o diagnóstico da COVID-19.
O Fast Detection of SARS-CoV-2 Using Multimodal Deep Learning foi criado pela Axians em parceria com a Universidade Católica (Faculdade de Medicina Dentária de Viseu, Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde e Escola Superior de Biotecnologia do Porto) e vai actuar numa fase mais «precoce» da doença, como forma de «apoio à decisão clínica».
Este projecto tem como base a análise de dois elementos: de um raio-x do tórax e de amostras de saliva de doentes com SARS-CoV-2. Com a informação recolhida, os dois parceiros vão «treinar um modelo multimodal que auxilie o diagnóstico e prognóstico».
A IA entra neste projecto (que é co-financiado pela União Europeia) sob a forma de «redes neuronais» que passam a aprender com os dados recolhidos dos raio-x e da saliva, para conseguirem identificar padrões de infecção semelhantes noutros pacientes.
Segundo os parceiros, este tipo de abordagem tem várias vantagens: «Passa a existir uma base de informação disponível para a comunidade científica; é um teste não invasivo, exigindo apenas a recolha de saliva; é uma ferramenta auxiliar para o diagnóstico de COVID-19 e permite identificar o prognóstico dos casos mais severos».