O novo computador Surface Laptop 4 é, provavelmente, um dos portáteis mais bem construídos que passaram por cá nos últimos tempos. Contudo, não sou um grande admirador do tradicional tecido que a Microsoft decidiu usar à volta do teclado, porque a probabilidade de ficar sujo e de se descolar com o tempo é muito elevada.
Metal em todo o lado
O computador é todo feito em metal, com a saída do sistema de refrigeração na parte de trás, por baixo do ecrã (à la Apple). Este tipo de refrigeração é muito útil, porque permite instalar as ligações dos lados, mas acaba por fazer com que o computador aqueça um pouco mais em condições de carga suplementar de processamento. O Surface Laptop 4 tem as mesmas entradas que o da geração anterior (USB Type-A, USB Type-C e jack de 3,5 mm, para os auscultadores). A entrada para o carregador é a habitual Surface Connect, que, além de permitir a ligação do transformador, permite aumentar a quantidade de ligações USB – infelizmente, serve apenas para o fornecimento de energia. Como noutros casos, também neste não se consegue perceber porque é que não foi substituída por uma ligação USB-C (standard), que também é usada para o carregar a bateria.
AMD chega ao Surface
O Surface Laptop 4 pode ter processadores Intel de 11.ª geração (Core i5 ou Core i7) ou AMD Ryzen Microsoft Surface Edition, que, na realidade é um Ryzen 5 4680U. Ambas as soluções incluem processador gráfico integrado: Iris Xe, no caso dos processadores Intel; ou Radeon, no caso dos processadores AMD. A memória RAM pode ir dos 8 ao 32 GB e o armazenamento, dos 256 GB a 1 TB – a unidade que testei tinha um Intel Core i5-1135G7, 8 GB e 512 GB de espaço em disco.
Nos testes, o facto de ter um processador i5 de gama média nota-se e não é pouco. Nos testes de produtividade ficou um pouco acima dos resultados obtidos por um processador semelhante da geração anterior, mas não muito. Nos testes gerais, passou-se o mesmo.
O Surface Laptop 4 brilha no tempo de vida da bateria. Cum uma carga completa, consegue trabalhar em aplicações durante treze horas e meia. Se se utilizar o mesmo método de testes de bateria que os fabricantes (reprodução de vídeos), poderá durar ainda mais.
Nos testes gráficos, naturalmente, o processador Iris fica sempre abaixo dos resultados conseguidos por uma gráfica mais “a sério” (para ter uma ideia, é uma diferença de cerca de cinco mil pontos), quanto mais não seja por ter de usar a memória RAM do sistema, que é substancialmente mais lenta que a memória desenhada especificamente para gráficos. Ainda assim, o resultado consegue ser melhor que o obtido com um GPU Intel da geração anterior.
Distribuidor: Microsoft
Preço (unidade testada): €1499
Benchmarks
- PCMark 10: 4189
- PCMark 10 Produtividade: 5870
- PCMark 10 Bateria (Minutos): 799
- 3DMark Cloudgate: 15208
Ficha Técnica
Ecrã: PixelSense de 13,5” (2256 x 1504 – 201 ppp)
Processador: Intel Core i5-1135G7 com 4 núcleos (8 threads), 2,4 GHz (4,20 GHz em modo turbo)
Memória: 8 GB de RAM LPDDR4x
Placa gráfica: Intel Iris Xe Graphics
Armazenamento: SSD 512 GB
Ligações: USB-C, USB-A, jack de 3,5 mm, Surface Connect, Wi-Fi 802.11ax, Bluetooth 5.0
Dimensões: 308 × 223 × 14,5
Peso: 1,2 kg