A startup foi fundada por Pedro Duarte e Pedro Bruno, em 2017, «com o intuito de democratizar o ensino de novas tecnologias» e para «colocar novos programadores no mercado». O co-fundador, Pedro Duarte, explica à PC Guia que «a primeira versão foi um bootcamp de programação em regime presencial com duração de seis meses». No entanto, a pandemia «provocou um impacto muito significativo no emprego e, ao mesmo tempo, levou à digitalização forçada da economia» salienta o responsável e isso conduziu a Eddisrupt à criação um novo projecto: «Sentimos que tínhamos a obrigação de responder a estes enormes desafios pelo valor que conseguimos acrescentar na sociedade. Decidimos reinventar-nos, lançámos uma nova plataforma com um conceito inovador de ensino de programação por mentoria online».
Isto originou igualmente a uma alteração da missão da empresa que além do objectivo de democratizar o ensino, tem agora também o intuito de «ajudar as pessoas afectadas profissionalmente pela pandemia a iniciar a sua reconversão profissional e as empresas que necessitam de mão-de-obra qualificada para enfrentar o desafio da digitalização».
100% online e com empregabilidade
O Mentorcamp é um curso «100% online em modelo peer-to-peer, que junta mentorandos com mentores profissionais, permitindo aos participantes uma aprendizagem ao seu próprio ritmo», refere Pedro Duarte. O curso é constituído por novecentas horas de conteúdos didácticos, desafios e projectos e o pagamento é feito através de «uma subscrição mensal com valor base de 47 euros, sem prazos de início e término e que pode ser cancelado a qualquer momento», diz o responsável.
No programa actual de Mentorcamp de Front-End development são ensinadas linguagens e ferramentas mais procuradas no mercado como HTML, CSS, Javascript, DOM, jQuery, ReactJS.
O empreendedor revela que «a mentoria online pretende unir a interacção e o apoio do ensino presencial com a escalabilidade e acessibilidade dos cursos online em vídeo, oferecendo um preço de inscrição acessível, até trinta vezes mais baixo do que um bootcamp tradicional». Além disso, a Eddisrupt é diferente já que permite aos alunos terem acesso a «experiência e conhecimentos reais de profissionais» que também prestam «aconselhamento de carreira, preparação para entrevista técnica, entre outros insights importantes».
Após a conclusão do curso, os mentorandos recebem um certificado e reúnem «todas as condições para entrarem no mercado de trabalho»; sobre a empregabilidade, Pedro Duarte diz que não há dificuldades: «Tanto quanto sabemos, todos os que quiseram encontrar um emprego como developer acabaram por conseguir».
Futuro será digital
As perspectivas para os próximos anos são de crescimento e a aposta vai continuar a ser na «plataforma online» que assenta num marketplace «sustentado em currículos e-learning guiados por profissionais», em vez do regresso ao modelo presencial. Além disso, a Eddisrupt vai usar o potencial do Mentorcamp para ser mais abrangente e chegar aos mercados externos, esclarece Pedro Duarte: «Esta solução vai permitir-nos expandir para muitas outras áreas de conhecimento especializado, como o design, marketing, finanças, entre outros. Queremos comprovar as vantagens do nosso modelo em Portugal e partir para a internacionalização na Europa daqui a dois anos».