Quatro empresas nacionais estão a tentar criar um novo tipo de fuselagem para a Airbus que recorre a materiais compósitos que vão poder tornar a estrutura mais leve.
O Instituto Nacional de Soldadura e Qualidade (ISQ), o Instituto de Ciência e Inovação em Engenharia Mecânica e Engenharia Industrial (INEGI), a Optimal Structural Solutions e a Stratosphere são as “asas” do Projecto Gavião
Em cima da mesa está o estudo de «novos materiais compósitos e seus processos de fabrico», como foco na «secção cilíndrica da fuselagem de uma aeronave de transporte regional». No futuro, isto pode significar «benefícios de consumo e de emissões de CO2 para o sector aeronáutico».
Segundo estudos preliminares do ISQ, os desenvolvimentos do Projecto Gavião podem trazer uma «melhoria de todo o processo» de criação de uma fuselagem na «ordem dos 10%».
Nova fuselagem dos aviões será 20% mais leve
«Com a introdução destas novas estruturas, o transporte aéreo beneficiará em termos de redução de peso das aeronaves e, consequente, de poupanças em termos de consumo de combustível, avançando na direção do cumprimento das metas impostas pela EU relativas às emissões poluentes», garante Pedro Matias, director do ISQ.
A criação de uma secção de fuselagem composta em maioria por materiais compósitos será «20% mais leve» que as actuais e poderá levar a uma «redução de 30% dos gastos energéticos de fabrico», de acordo com os responsáveis.
O Gavião tem a duração de trinta meses e é o sucessor do Passaro, um projecto de quatro anos que «contribuiu para o desenvolvimento de aeroestruturas multifuncionais e inteligentes e para a automatização dos processos produtivos e tecnologias associadas à manutenção aeronáutica numa abordagem i4.0».