A farmacêutica Moderna e a tecnológica IBM anunciaram uma parceria com o objectivo de criar uma «gestão mais inteligente das vacinas da COVID-19».
As duas empresas querem focar-se no desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial (IA), blockchain e cloud híbrida «para aumentar a confiança e reduzir a propagação comunitária do vírus».
O principal objectivo passa por dar início a um projecto-piloto cuja base será uma «abordagem padronizada» de distribuição de vacinas. Segundo as duas empresas, isto vai permitir que a visibilidade de «toda a cadeia de valor» seja melhorada, assim como o «rastreamento quase em tempo real dos lotes de vacinas» contra a COVID-19.
Sobre a aplicação da tecnologia de blockchain, IBM e Moderna querem usar este recurso para criar um passaporte digital de saúde, para que várias «organizações» possam usar a informação para «verificar credenciais, resultados de testes, registos de vacinação e medições de temperatura».
Uma ideia semelhante ao passaporte digital de saúde (o passaporte de vacinação, para facilitar as viagens de avião) é uma ideia que, na Europa, tem levantado polémica, por ser visto como um factor de discriminação.
Em Portugal, a vacina da Moderna é uma das que está a ser usada no combate à COVID-19: a Comissão Europeia autorizou-a no princípio de Janeiro.