Com Watch Dogs Legion, a Ubisoft leva este género de jogos de mundo aberto, que normalmente acompanham as aventuras de um único (e bem identificado) herói, numa direcção nunca antes explorada: um jogo sem protagonista.
Passo a explicar: em Watch Dogs Legion, fazemos parte de um colectivo de hackers, chamado DedSec, que tem como objectivo libertar a cidade de Londres do jugo de uma empresa chamada Albion, que controla praticamente todos os serviços da cidade e a mergulhou num ambiente quase militar e que também anula a ameaça de um outro grupo de hackers que quer destruir a civilização como a conhecemos. Neste colectivo, todos os cidadãos de Londres têm papel a cumprir, basta recrutá-los.
Recrutamento geral
Cada pessoa por quem passamos na rua pode ser analisada com o nosso smartphone para saber quais são as suas habilidades e os pontos fortes/fracos, para avaliar se vale a pena ser recrutada para o DedSec. Depois de recrutar um novo elemento, podemos assumir o controlo e usá-lo para uma determinada missão (ou missões). Por exemplo, se a missão que temos de cumprir envolve entrar em sistemas informáticos, vale a pena usar um hacker puro, mas se for uma que obrigue a ter confronto físico, o mais acertado é usar uma personagem com mais atributos em combate.
Em Watch Dogs Legion há missões de todos os tipos: algumas em que é preciso força bruta e outras que se resolvem apenas através de infiltração discreta. Mas uma das coisas que é sempre necessário fazer é planeá-las antes de se atirar de cabeça.
Infiltrar primeiro, disparar depois
A mecânica de jogo nas missões de infiltração, em que se deve dar um mínimo de tiros possível, é muito semelhante à dos episódios anteriores desta série e muito inspirada nos primeiros Metal Gear.
Uma coisa engraçada é que se podem fazer missões de estafeta para ganhar dinheiro: aqui, temos de ir de scooter levantar e entregar encomendas pela cidade e, quanto mais rápidos formos, mais dinheiro ganhamos.
Um aspecto de que não gostei de todo neste jogo foi do sistema de condução de automóveis e motas. Por defeito, os controlos são muito sensíveis e, se não tivermos cuidado, acabamos a passar mais tempo em cima do passei, que na estrada. Ainda no que respeita à condução, uma das coisas que nunca consegui pôr a funcionar em Watch Dogs Legion foi o sistema de condução autónoma dos veículos, que, supostamente, nos consegue levar até ao sítio que indicamos no mapa – acabei sempre por andar às voltas no mesmo quarteirão.
Graficamente, Watch Dogs Legion está muito bom. Atrevo-me mesmo a dizer que gostei mais dos gráficos deste jogo do que os de Assassin’s Creed Valhalla. Os de Watch Dogs parecem-me mais nítidos e as cores parecem mais vivas que no épico da Ubisoft.
Editora: Ubisoft
Distribuidora: Ubisoft
Site: ubisoft.com
Disponível para: PS4, PS5, Xbox, PC, Google Stadia
Testado em: PS5
Preço: €69,99 (Consolas, Stadia), €59,99 (PC)