Desde que existe a Internet, mais propriamente, desde que existe a web tal como a conhecemos, que existem programas chamados browsers, que interpretam o código HTML das páginas e o converte em coisas que qualquer ser humano consegue ler. E, desde que os browsers existem, que há uma competição para saber qual é o melhor, o mais rápido, o mais poupado no consumo de recursos e o que oferece mais funcionalidades.
Há muitos anos que o Chrome da Google domina o mercado dos browsers, depois de ter roubado o primeiro lugar ao Internet Explorer da Microsoft, que, por sua vez, o tinha roubado ao Netscape, que mais tarde mudou de nome para Firefox. Recentemente apareceu um novo browser da Microsoft, com o mesmo nome do anterior, mas que em vez de ser completamente desenhado e escrito na Microsoft, utiliza o motor open source Chromium da Google, semelhante ao que está no Chrome, mas que foi profundamente alterado pela equipa da Microsoft e que tem como objectivo (não declarado), atacar a liderança da Google.
Depois existem muitos outros browsers produzidos por empresas mais pequenas, como o Opera, o Vivaldi ou o Brave, que usam os motores da Google e da Mozilla (Firefox), mas que acrescentam funcionalidades que os diferenciam dos outros, como VPN, sistemas de segurança e funcionalidades com o objectivo de protegem melhor a privacidade dos utilizadores e de serem mais cómodos de usar.
Neste artigo pegámos nas versões mais recentes de seis browsers: Microsoft Edge (Chromium), Google Chrome, Firefox, Brave, Opera e Vivaldi e passámo-los por vários testes de desempenho que abrangem as principais áreas do funcionamento de um browser, comparámos as funcionalidades e também medimos a memória que consomem em várias situações, para lhe dizer qual é o melhor da actualidade.
Tabela de conteúdos
Como testámos
Neste teste usámos cinco testes diferentes para determinar o desempenho de cada browser:
WebXPRT 3 Este teste mede o desempenho de um browser através de vários cenários que imitam tarefas do dia-a-dia, como a melhoria de fotos, organização de fotos, utilização de sistemas que empregam inteligência artificial, bolsa, encriptação, gráficos, digitalização com OCR e serviços online. Os vários cenários empregam HTML5 e Javascript.
HTML5test Este teste verifica as capacidades que o browser tem (ou não) de usar as várias funcionalidades da linguagem HTML5. Depois traduz essas capacidades num índice.
Speedometer 2 Este teste verifica a velocidade de um browser no tempo de resposta em aplicações online.
Google Octane 2 Mais um teste, desta vez elaborado pela Google, que mede o tempo que um browser demora a interpretar scripts e Javascript.
JetStream 2 Outro teste focado no desempenho da interpretação de Javascript e WebAssembly.
Consumo de memória Para verificar o consumo de memória usámos cada browser com 1, 2, 3, 4, 5 e 10 separadores abertos sempre com as mesmas páginas carregadas em cada browser (Facebook, Twitter, Instagram, Pinterest, PCGuia.pt, Observador, Gmail, Google Drive, motor de busca Google e Netflix) e depois usámos o gestor de tarefas do Windows para verificar a memória RAM consumida em cada caso.
Todos os browsers foram testados sem qualquer extensão instalada, para além das que vêm de série.
O computador usado foi um PC com um processador Intel Core i9 7900X com 32 GB de memória RAM e um SSD NVMe com 1 TB. O Windows 10 utilizado está na versão 20H2.
Microsoft Edge
Como o Microsoft Edge Chromium é um dos mais recentes browsers a “concurso”, tem honras de ser o primeiro a ser dissecado. Quando lançou o Windows 10, a Microsoft quis limpar a imagem do Internet Explorer, que, nessa, altura tinha fama de ser um dos browsers mais inseguros e lentos do marcado (embora não o tenha removido de todo do Windows 10). Assim, lançou o Edge, um browser escrito do zero, com um motor desenhado pela Microsoft, que prometia ser mais rápido e seguro que os outros browser.
O Edge era realmente muito rápido, o problema é que o browser da Microsoft, desde o início, teve vários problemas de compatibilidade com muitos sites, o que obrigava as equipas da Microsoft a perder tempo a afiná-lo para que funcionasse como devia.
Cinco anos depois, a empresa tomou a decisão de mandar o Edge original para a reforma e lançar uma nova versão, com o mesmo nome, mas que usa o motor Chromium da Google como peça central. Isto trouxe muitas vantagens, desde logo a garantia de uma compatibilidade mais completa e geral com a maioria dos sites. Mas a Microsoft não se contentou com apenas usar o motor do browser da Google, fez-lhe dezenas de modificações para o aligeirar e optimizar (algumas até acabaram por ser integradas no Chrome). O resultado disto foi um browser que, embora seja praticamente igual ao Edge de 2015 em termos visuais, por baixo do capot nada tem a ver com o original distribuído com o Windows 10 até 2019.
Com efeito, o Edge Chromium é um browser muito mais apelativo que o original, e oferece várias funcionalidades que o distinguem dos outros. Por exemplo, existe um modo de leitura que remove tudo o que está a mais numa página web, deixando apenas o conteúdo para que possa ler sem distracções. Uma outra funcionalidade interessante do Edge Chromium é a ‘Colecções’, que, como o nome indica, permite criar colecções de URL de sites que aparecem numa barra do lado direito da janela, para que fiquem sempre o mais acessíveis possível ao utilizador.
Quem já usou o Chrome, descobre logo as semelhanças com o Edge, principalmente no ecrã das definições, principalmente na ordenação dos itens e conteúdo das várias janelas de configuração (embora a Microsoft tenha usado uma tradução algo “livre” na versão portuguesa).
Tal como acontece com outros browsers existe também a possibilidade de sincronização entre sessões em computadores diferentes. Se utilizar uma conta Microsoft com o Windows, o browser sincroniza o histórico, marcadores e outros dados noutras sessões Windows.
A mais recente versão que foi disponibilizada, a 88, traz mais algumas novidades, como o gerador e gestor de passwords e um sistema que permite ao utilizador dar, ou retirar, permissões de utilização a algum hardware, como câmaras e microfones, site a site. No campo da segurança, será implementado um sistema que previne o utilizador quando uma password que tenha sido usada (e que esteja guardada no browser), aparece numa qualquer base de dados de passwords roubadas.
Como seria de esperar, o Edge é o browser que está mais interligado com o Windows e que aproveita mais os recursos e funcionalidades que o sistema operativo oferece, prova disso é que foi o browser que nos nossos testes teve o consumo de memória mais baixo dos seis, mesmo com 10 separadores abertos simultaneamente.
Desenvolvido por: Microsoft
Google Chrome
O Chrome da Google continua a ser a referência no mercado dos browsers. Segundo o site Statcounter, o browser da Google teve mais de 60 por cento de quota de mercado no ano passado. A sua facilidade de utilização, aliada à rapidez e à constante evolução tornam este browser o preferido de uma boa boa parte dos utilizadores de serviços online.
Um dos segredos do Chrome é a simplicidade, não existem coisas como VPN, nem ferramentas de organização dos separadores abertos (para além das mais básicas) e nem tão pouco um modo de leitura, como o do Edge.
Se quiser pode ver, e usar, as funcionalidades experimentais, ou outras que não estão à vista no ecrã de definições, escrevendo na barra de endereços ‘about:flags’ (sem plicas). Na janela aparecem dezenas de pequenas definições que podem ser alteradas individualmente. Recomendamos ligar o visualizador de PDF experimental. Não se vai arrepender.
Se pretender acrescentar funcionalidades ao Chrome, a Google disponibiliza uma loja com centenas de de extensões. Existe de tudo, desde gestores de passwords, a várias particularmente úteis que não mostram os assuntos quer não quiser ver em redes sociais ou sites.
Um dos pontos fracos do Chrome desde sempre é o consumo de memória RAM, principalmente quando se têm muitos separadores abertos e mesmo tendo melhorado bastante com o tempo, acabou por ficar em penúltimo lugar no nosso teste, ficando depois do Brave.
Já nos testes de desempenho e compatibilidade, obteve resultados bastante bons ficando empatado com o Opera.
Desenvolvido por: Google
Mozilla Firefox
O Firefox é um projecto open source da Mozilla Foundation. Este browser foi pioneiro de muitas funcionalidades hoje comuns na web e a organização responsável pelo seu desenvolvimento sempre deu a maior importância à privacidade dos utilizadores. Este pioneirismo faz com que este browser seja um dos que oferece mais garantias de compatibilidade com a maioria dos sites e tecnologias.
Um dos aspectos em que foi pioneiro e em que continua a apostar, é no desenvolvimento de extensões que servem para ampliar a utilidade do browser. Existem até algumas que são opcionais noutros browsers, mas que vêm instaladas por defeito no Firefox, como a Pocket (uma extensão que permite guardar links para conteúdos que vai encontrando pela Internet para consumo posterior) ou a Multi-Account Containers, que lhe permite ter vários logins diferentes para o mesmo site em separadores diferentes.
O Firefox também inclui um sistema completo de geração e gestão de passwords que permite a sincronização entre sessões em computadores diferentes para que o utilizador desista da prática altamente insegura de usar a mesma password em sites diferentes.
O Firefox é um browser bastante poupado no que respeita ao consumo de recursos do computador onde está a ser executado. Já nos testes de desempenho e compatibilidade não se saiu lá muito bem. Embora tenha ficado em segundo lugar no teste de compatibilidade HTML5test, já nos testes que tratam directamente do desempenho não teve uma prestação muito consistente.
Desenvolvido por: Mozilla
Brave
Tal como qualquer outro browser, o Brave permite a navegação por sites e executar aplicações web. Tal como qualquer outro browser, é gratuito, guarda informação de login dos sites e serviços que usa e tem um bloqueador de publicidade.
A Brave Software chegou ao mercado com uma versão de apresentação do browser em 2016. Um dos seus fundadores é Brandan Eich, o criador da linguagem JavaScript e um dos fundadores da Mozilla, que abandonou em 2008.
O principal factor diferenciador do Brave em relação aos outros browsers é a atitude muito agressiva contra a publicidade online. O browser foi desenhado especificamente para impedir a visualização de anúncios nos sites por onde passa. Mas este bloqueador de anúncios nãoo é bem igual aos tradicionais porque pode substituir os anúncios das páginas por anúncios da rede de publicidade própria da Brave, que aparecem como notificações, em vez de estarem nos espaços habituais nas páginas web. E tudo sem a gravação de cookies que permitem rastrear a navegação do utilizador na web.
Para que este sistema funcione, o utilizador paga directamente à Brave, que depois paga ao detentor do site.
Nos nossos testes, o Brave foi o que mais memória consumiu, chegando aos 2 GB de memória ocupados com 10 separadores abertos e 880 MB ocupados apenas com um separador aberto. Já nos testes de desempenho, ficou em quarto lugar, tendo sido o melhor de todos no teste WebXPRT 3.
Desenvolvido por: Brave Software
Opera
Com 25 anos de história, o browser Opera, desenvolvido pela empresa norueguesa Opera Software, não é propriamente um recém-chegado a este mercado. Aliás, muitas das funcionalidades, que hoje tomamos como garantidas nos browsers que usamos todos os dias, foram inventadas pela Opera Software e integradas em primeiro lugar no Opera, incluindo a utilização de separadores para ter várias páginas abertas ao mesmo tempo, os bloqueadores de publicidade e o motor de busca integrado no browser.
Apesar da linha de desenvolvimento do design poder ser traçada da versão actual até quase à primeira, o Opera de hoje é uma coisa bastante diferente do que era porque, para além das funcionalidades tradicionais que encontra em qualquer browser, também tem uma VPN, bloqueador de publicidade, a possibilidade de separar zonas de vídeo de um site para janelas independentes, um sistema de compressão de dados (para poupar na largura de banda) e uma funcionalidade de poupança de bateria, para quando está a usá-lo num computador portátil.
A interface do Opera é diferente da de outros browsers, tem uma barra lateral que serve para permitir ao utilizador aceder rapidamente a vários serviços, como o WhatApp, Facebook Messenger ou Instagram. Através desta barra, também pode aceder aos seus serviços de streaming de música predilectos, sem ter de abrir um separador dedicado na janela principal. Só é pena que o utilizador não possa acrescentar outros serviços, para além dos vêm de série. Ainda assim, contribui bastante para que não se tenham muitos separadores abertos ao mesmo tempo.
A VPN integrada é completamente gratuita, mas, neste caso “gratuita” não quer dizer fraca. Num teste rápido efectuado com uma ligação a 1 Gbps da Vodafone, com a VPN desligada conseguimos 992 Mbps de download e 209 de upload, com a VPN ligada conseguimos 478 Mbps de download e 194 Mbps de upload. Nada mau, para uma VPN gratuita! A única coisa que não se consegue fazer com esta VPN é escolher com precisão a ligação de destino, apenas se consegue escolher o continente.
Nos testes que realizámos, o Opera ficou em segundo lugar no desempenho, empatado com o Chrome, mas acabou por ser prejudicado pelo consumo de memória.
Desenvolvido por: Opera Software
Vivaldi
Quando se abre o Vivaldi pela primeira vez, percebe-se logo que a principal inspiração para o desenho da interface deste browser foi o Opera, com uma barra do lado esquerdo da janela que lhe dá acesso a vários atalhos para funcionalidades, como histórico de navegação ou a lista de downloads que efectuou. Isto não é de estranhar, visto que o Vivaldi foi desenvolvido por vários elementos que abandonaram a Opera Software após o fecho do fórum My Opera, uma proto-rede social que tinha sido construída com base no sistema de apoio técnico do browser Opera.
Uma funcionalidade interessante que foi integrada na última versão do Vivaldi é o botão ‘pausa’, que está no fundo da janela e, como o nome indica, põe a navegação em pausa sempre que quiser interromper a sua utilização.
Uma funcionalidade que também foi herdada do Opera são os ‘mouse gestures’, que permitem efectuar várias acções clicando botão direito e arrastando o rato num padrão específico.
Tal como acontece com o novo Edge, também o Vivaldi permite utilizar o catálogo de extensões do Chrome, visto ter sido construído tendo como base o mesmo motor do browser da Google.
A ideia geral do Vivaldi é ter um browser com um mínimo de distracções, leve e fácil de utilizar.
Nos testes, o Vivaldi obteve exactamente o mesmo resultado de compatibilidade do Edge, mas atingiu valores ligeiramente mais baixos nos outros testes.
Desenvolvido por: Vivaldi Technologies
Resultados dos testes
Falando primeiro do consumo de memória RAM, do pior para o melhor, o browser mais “guloso” de todos foi o Brave, com pouco mais de 2 GB ocupados com 10 separadores abertos e praticamente 900 MB com apenas um separador aberto. Em penúltimo lugar ficou o Chrome, com 650 MB com um separador e 1,671 GB com 10, fazendo jus à sua fama de comedor de memória. Apesar de estar melhor que no passado, dá a entender que a Google ainda não conseguiu fazer baixar a quantidade de memória que seu browser consome. A seguir vem o Firefox com 1,5 GB para 10 separadores e 488 para apenas 1, seguido do Vivaldi que consome 1450 MB com 10 separadores abertos e 460 MB com apenas 1.
O browser que fica em segundo lugar é o Opera, que, apesar de todas as funcionalidades integradas consumiu um pouco mais que os outros com 1 único separador aberto (510 MB), mas com 10 ficou-se pelos 1,3 GB.
O browser mais comedido é sem dúvida o Microsoft Edge que apenas ocupa 235 MB com um único separador e os mesmos 1,3 GB com 10. Isto é prova do trabalho de optimização que a Microsoft tem feito com este browser.
WebXPRT 3
Neste teste que mede a velocidade de execução de scripts JavaScript, o rei foi o Brave com um resultado de 197, seguido do Firefox com 193 e do Chrome com 191. O pior colocado foi o Vivaldi, com 167. Estes valores são um índice criado pelo próprio programa.
HTML5 Test
Este teste não mede o desempenho individual de cada browser, mas sim a sua compatibilidade com as funcionalidades da linguagem HTML5, usada hoje para construir grande parte das páginas web que estão online. Neste teste, o browser que atingiu o resultado mais alto foi o Google Chrome, o que não é surpreendente, visto que a Google está na linha da frente do desenvolvimento de vários padrões usados na web. A seguir vem o Opera e em terceiro lugar está o Brave.
Speedometer
Mais um teste de desempenho, desta vez para medir o tempo de resposta das aplicações web.
O Edge ficou em primeiro lugar com um resultado de 119, a seguir vem o Vivaldi e em terceiro lugar o Opera.
Google Octane 2
Outro teste que mede a velocidade de um browser a “digerir” JavaScript e o nome diz tudo: O Chrome ganha, seguido do Brave e em terceiro lugar fica o Opera.
Jetstream 2
O último teste que realizámos foi o Jetstream 2 que mede o desempenho do browser numa grande quantidade de tarefas. Mais uma vez, o Google Chrome ganhou com 127 pontos, seguido do Opera com 119 e do Edge, com 118 pontos.
Para chegarmos a um vencedor nos testes, o valor conseguido por cada browser foi convertido para um valor de 1 a 5 em cada um dos testes e depois foi feita uma média geral.
Como se pode ver pelo gráfico da média dos resultados de benchmark, o Microsoft Edge fica em primeiro com uma vantagem muito ligeira de 0,1. A seguir estão o Chrome e o Opera, com o mesmo resultado, seguidos do Vivaldi, Brave e Firefox, que fica em último.
O resultado da média de consumo de memória penaliza muito o Chrome e o Brave, que ficam nos dois últimos lugares. Neste conjunto de testes, os resultados obtidos pelo Edge destacam-se mais dos obtidos pelos outros browsers, com a pontuação máxima. Em segundo fica o Opera com menos 0,44 pontos, em terceiro lugar está o Vivaldi e em quarto lugar o Firefox.
Como se pode ver, ao fazer a média geral, percebe-se que o vencedor dos testes é o Microsoft Edge, em segundo lugar fica o Opera, terceiro lugar o Vivaldi, quarto lugar o Google Chrome, em quinto lugar o Firefox e o Brave em sexto.
Conclusão
Afinal qual é o melhor browser? Pelos testes que realizámos é claramente o Microsoft Edge. Pode dizer-se que a Microsoft está a fazer um trabalho de optimização e compatibilidade excelente com este browser, ao aproveitar os recursos do Windows de uma forma inteligente e a interligar cada vez mais o browser com o sistema operativo. Com tudo isto, conseguiu lançar o browser para Windows mais leve e rápido da actualidade.
Uma das coisas que mais prejudicou o Chrome, apesar dos seus bons testes de desempenho, foi o seu apetite por memória. O consumo de memória foi reduzido em relação a versões passadas, mas simplesmente ainda consome recursos a mais.
Uma menção honrosa para o Vivaldi, o nosso terceiro lugar. Este browser é simples, relativamente rápido e não é dos mais pesados. Quem sabe se, com algum esforço de desenvolvimento, não consegue ameaçar os dois primeiros classificados num próximo teste.
O principal problema do Firefox foi a sua falta de consistência nos testes de desempenho e compatibilidade, porque nos testes de memória não se saiu nada mal.
Por fim, o Brave, a ideia de ultrapassar os cookies de rastreamento e a publicidade é interessante, mas nota-se pelo testes de desempenho e pelo consumo de memória que ainda à muito espaço para melhorar.
Apesar dos resultados dos testes, em consciência, para nós, o melhor browser deste teste é o Opera. Por ser o que consegue equilibrar melhor o desempenho, compatibilidade, consumo de memória e funcionalidades. Tem uma VPN integrada (gratuita e bastante rápida), que permite esconder mais ou menos bem os sites a que acede, tem atalhos integrados para alguns serviços populares, como streaming de música e redes sociais, e por já existir há muito tempo tem as principais extensões que pode precisar para ampliar as suas funcionalidades.
Claro que todas estas avaliações são efémeras, porque se há software que está em constante evolução são os browsers e da próxima vez que fizermos um teste deste tipo os resultados podem ser bastante diferentes.