A Teckies nasceu com objectivo de levar inovação para as salas de aula, fazendo com que «a educação acompanhe a evolução e digitalização do mundo actual», explica Patrick Götz, fundador e CEO da startup. Para isso a empresa quer introduzir a robótica como «ferramenta auxiliar na aprendizagem dos alunos e no ensino dos professores, utilizando robôs para apoiar o ensino das disciplinas, como Português ou Matemática».
A ideia surgiu de «um sonho de desenvolver um projecto que permitisse trabalhar com crianças» revela à PC Guia o empreendedor, que identificou também que os jovens «não apresentavam algumas competências» que considera como “chave” no mercado de trabalho e nos dias de hoje, «as chamadas soft-skills», e que podem ser «promovidas» com a ajuda da tecnologia.
Robôs, programação e muito mais
Os produtos da Teckies são variados e vão desde robôs programáveis e blocos de construção electrónicos, a plataformas de ensino programação e jogos didáticos. Patrick Götz salienta para que servem os produtos: «O funcionamento da nossa oferta tem sempre por base que os alunos sejam expostos à necessidade de desenvolver competências identificadas como essenciais, como a resolução de problemas, lógica, dedução e até mesmo criatividade».
A startup tem também a Academia Teckies com cursos e workshops de programação, entre outros, tanto para crianças, como para professores. Recentemente, a empresa alargou esta oferta formativa a adultos e idosos, «para contribuir para o envelhecimento activo e inclusão digital». Além disso, há campos de férias para as crianças, «um serviço de consultoria que auxilia as escolas na redefinição dos planos curriculares, com vista à integração das soluções de robótica nos programas escolares» e a mais recente novidade da startup, a Beefluent. Esta é uma aplicação móvel cujo objectivo é «ajudar as crianças a aprender a ler» e «que pode também ser utilizada para a aprendizagem de outras línguas», esclarece o CEO. O projecto permite que um docente «presencialmente ou à distância, acompanhe todo o progresso do aluno, através de feedbacks em tempo real». O modelo de negócio da Beefluent é feito através «de licença de utilização que pode ser adquirida pelos municípios, que podem disponibilizar o acesso a todos os alunos das suas escolas, pelas escolas, mas também pelos próprios professores, que acompanhar um máximo de cinco alunos na plataforma».
Por outro lado, a solução poderá ser um bom auxiliar de aprendizagem em casa numa situação de interrupção das aulas presenciais. Aliás a pandemia trouxe um foco nas «actividades online para ajudar os professores a adaptarem-se à nova realidade de ensino».
Consolidação e internacionalização
Patrick Götz destaca o que pretende para o futuro da Teckies: «Queremos continuar a crescer para levar as nossas soluções a mais pessoas e contribuir para que a robótica e tecnologia estejam cada vez mais presentes na educação».
Assim, a startup quer «consolidar a presença dos produtos no mercado nacional, aumentando a sua aceitação por parte das escolas e municípios, mas também pais e alunos». Outras das metas é «dar os primeiros passos na internacionalização». Para isso o fundador espera que a equipa, actualmente, composta por oito pessoas aumente «ainda este ano».