Como toda a gente sabe, o oxigénio é essencial à vida e a Airbus demonstrou que a este gás pode ser produzido através da transformação de poeira lunar (que é normalmente conhecida por ‘regolith’) – para isso, a empresa desenvolveu o ROXY.
O projecto ROXY (que é a sigla de ‘Regolith to OXYgen and Metals Conversion’, ou seja, a ‘conversão de regolith em oxigénio e metais’, numa tradução simplista) pode ser, por isso, a chave para «revolucionar a exploração lunar humana», uma vez que seria uma fonte de produção de oxigénio para usar em edifícios construídos no satélite natural da Terra.
«Esta descoberta é um grande salto – levando-nos um passo mais à frente no Santo Graal da sobrevivência sustentável na Lua. O ROXY é uma prova positiva de que a colaboração entre a indústria e os cientistas de topo pode trazer grandes benefícios tangíveis que irão quebrar barreiras em explorações futuras», diz
Jean-Marc Nasr, um director da Airbus.
O ROXY é, basicamente, uma máquina compacta com um reactor (com uma «boa relação custo-eficiência») que converte o regolith em oxigénio e que não precisa de ser “alimentada” por consumíreis vindos da Terra, ou seja, seria autosuficiente em território lunar.
Além da produção de oxigénio, a máquina também serve para criar metais e, no limite, com a ajuda de gelo lunar, produzir «combustível para naves a partir de pó metálico». Mas o ROXY também pode ser útil na Terra, já que a Airbus diz que este reactor «abre caminho à redução de gases do efeito de estufa que resultam da produção de metais», sem CO2, uma vez que a máquina tem emissões zero.
Para já, não há data concreta para o ROXY seja usado em missões espaciais, muito menos em testes na Lua. Contudo, é natural que uma futura viagem da ESA ou da NASA ao satélite natural da Terra possa ser o passaporte para que o ROXY demonstre as suas capacidades na superfície lunar.