No início desta semana, o FBI deteve um cidadão russo de 27 anos, suspeito de um ataque da ransomware contra uma empresa americana. Segundo o site Electrek, essa empresa foi a fabricante de automóveis eléctricos Tesla.
De acordo com a queixa, partilhada pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos, em Julho, Egor Igorevich Kriuchkov chegou aos EUA e entrou em contacto com um trabalhador da fabrica de baterias e motores Tesla Gigafactory no estado do Nevada. Durante um encontro entre os dois homens, Kriuchkov fez uma proposta ao trabalhador da Tesla: a troco de um milhão de dólares, o trabalhador infectaria os sistemas informáticos da Gigafactory com malware.
Segundo o FBI, a intenção seria o roubo de informações confidenciais da empresa e exigir um pagamento à Tesla, sob pena de as informações serem divulgadas.
O empregado informou a empresa e a Tesla entrou em contacto com o FBI, que montou uma operação para apanhar o suspeito. Kriuchkov foi detido em Los Angeles ao tentar fugir dos Estados Unidos.
Much appreciated. This was a serious attack.
— Elon Musk (@elonmusk) August 27, 2020
Segundo o site Electrek, durante a operação de captura de Kriuchkov, o FBI conseguiu obter informações acerca de outras operações levadas a cabo pelos seus cúmplices.
A agência não confirmou os nomes da vítimas, mas sabe-se que foi levado a cabo um ataque semelhante contra o CWT Group em Julho deste ano. A empresa acabou por pagar 4,5 milhões de dólares para resgatar as suas informações.
No início deste mês, a empresa de cruzeiros Carnival e a fabricante de dispositivos GPS Garmin, revelaram que sofreram ataques de ransomware. Outra empresa, a Travelex, pagou 2,3 milhões de dólares de resgate e os serviços de algumas cidades norte americanas, Atlanta, Baltimore e Nova Orleães também foram vítimas de ataques deste tipo.