A compressão de dados é uma ferramenta fundamental para garantir a disponibilização de conteúdos de grande qualidade através das redes actualmente existentes, sejam elas de elevada largura de banda, ou de largura de banda limitada. Serviços de streaming de conteúdos, como Netflix em vídeo e Spotify em audio, conseguem ajustar automaticamente a qualidade dos seus conteúdos tendo em conta essas limitações.
Para a adopção de futuros formatos de qualidade superior, como o vídeo 8K, para além dos dispositivos de captura, bem como os de reprodução desses mesmos conteúdos, é fundamental garantir-se os meios necessários para a disponibilização desses conteúdos. Foi a pensar nas limitações existentes, intensificadas recentemente com a pandemia do COVID-19, que diversos fabricantes e institutos têm estado a desenvolver o sucessor do codec H.265.
E, como tem acontecido no passado, foi o instituto alemão Fraunhofer HHI quem acaba de desenvolver o novo codec, designado de VVC, ou H.266 se preferir. Este codec, à semelhança dos anteriores H.264/AVC e H.265/HEVC, permitirá reduzir drasticamente a largura de banda necessária para a transmissão de conteúdos de elevada resolução, sem perda de qualidade. Segundo dados anunciados pelo instituto, o novo codec permite reduzir a largura de banda necessária em 50%, face ao actual codec H.265.
“Se considerarmos que a Fraunhofer HHI já tinha sido fundamental no desenvolvimento de algoritmos de compressão de vídeo como o H.264/AVC e H.265/HEVC, é natural estarmos satisfeitos em descobrirmos que mais de 50% dos dados disponibilizados na internet foram gerados por tecnologia da Fraunhofer HHI,” afirmou Dr. Detlev Marpe, responsável do Departamento de Video Coding and Analytics no Instituto Fraunhofer HHI. Este codec foi desenvolvido em conjunto com a Apple, Ericsson, Intel, Huawei, Microsoft, Qualcomm e Sony.