A edição de 2020 da WWDC, a conferência anual de programadores da Apple, ficou marcada pelos anúncios tradicionais das novas versões dos sistemas operativos da maçã, mas também houve um grande anúncio de hardware.
Nos sistemas operativos, havia o rumor de que a Apple podia mudar o nome da versão para iPhone, tal como tinha acontecido com o iPad – de iOS para iPhoneOS. Isto acabou por não acontecer e avançou mesmo o iOS 14.
iOS 14 ganha widgets no ecrã principal
Neste novo sistema operativo para o iPhone (que ainda pode ser instalado no iPod Touch de sétima geração e que vai até iPhone 6S, de 2015), a principal novidade são as widgets nos ecrãs das apps.
Até agora, as widgets (como a do tempo ou dos mapas) podiam apenas ser usadas numa área específica quando deslizávamos o ecrã principal para a direita – no iOS 14 será possível arrastar essas widgets para fora e passar a usá-las em conjunto com os ícones das apps – este é um modelo que o Android já permite há vários anos.
O iOS 14 chega ainda com outros ajustes, quer na funcionalidade, quer no design: a organização de apps por grupos temáticos (App Library), uma Siri que já não ocupa o ecrã inteiro quando é activada, a tradução de páginas Web no Safari e a possibilidade de vermos um vídeo a “flutuar” no ecrã principal do iPhone.
Big Sur deixa de ser ‘versão X’ pela primeira vez em vinte anos
A história do OS X (10) chegou ao fim este ano. Lançado pela primeira vez em 2001, com a designação ‘Cheetah’, houve nove versões com nomes de felino, até 2012.
No ano seguinte, a Apple começou a dar nomes de locais icónicos da Califórnia ao OS X (Mavericks, Yosemite e El Capitan) e, em 2016, fez a transição para mac OS, embora mantendo o X em mais quatro versões: Sierra, High Sierra, Mojave e Catalina (10.15)
Em 2020, o macOs passa para a versão 11 e recebe o nome Big Sur, uma região costeira do Centro da Califórnia, com uma estrada que serpenteia entre penhascos e o mar.
A Big Sur parece ser mais um passo na em direcção a uma ideia que já se gala há muito tempo: aproximar o sistema operativo dos computadores Mac do iOS e iPadOS – as apps têm um novo design, mais minimalista, assim como a dock.
Além disso, tal como no iPhone e iPad, passa a haver uma Central de Controlo (imagem em cima) que pode ser personalizada com vários atalhos, como o nível de brilho, o volume, controlos de música, botões para Wi-Fi, Bluetooth e Air Drop, tal e qual como no iOS. O Safari também vem com várias novidades, entre as quais um página inicial que pode ser personalizada com um wallpaper.
Apple diz ‘adeus’ aos chips da Intel e passa a usar chips próprios
Mais uma tendência que chega aos computadores vinda dos dispositivos móveis da Apple. No iPhone e no iPad a marca usa os seus ‘A’ e, partir de 2020, MacBooks, iMac e Mac Mini passam também a usar processadores feitos pela própria marca e deixa de vez os Intel.
Estes novos CPU têm como base arquitectura ARM e serão usados, pela primeira vez, no Mac Mini que será lançado no final deste ano: o A12Z, o mesmo do mais recente iPad Pro; contudo, a mudança não será imediata em todos os computadores: a transição será feita ao longo de dois anos, até 2022.