A FaceApp voltou a ser viral, por culpa de um filtro que permite mudar o género de uma pessoa, numa foto, e voltaram a soar os alarmes quanto aos perigos que esta app pode representar.
Em 2019, a app ficou conhecida por permitir fazer uma “previsão” de como seríamos quando fossemos velhos e, nessa altura, houve acusações de que os programadores podiam estar a usar técnicas de reconhecimento facial para usar com outros objectivos e mesmo a roubar dados pessoais.
Agora, com o filtro de mudança de género que começou a ser viral nas redes sociais (mulheres a mostrar como seriam se fossem homens e homens a partilhar fotos da sua versão feminina), a discussão sobre os perigos de usar a FaceApp voltam à tona.
O FaceApp Challenge tornou-se um caso sério de popularidade e, mas uma vez, as dúvidas de como os nossos dados são tratados, e de se as fotos podem ser guardadas pela app para outros fins, voltaram.
Num comentário sobre a segurança desta app, empresa de segurança informática Kaspersky conclui que a FaceApp «não tem qualquer elemento malicioso», mas deixa um aviso.
«Pelo facto de o reconhecimento facial ser uma tecnologia utilizada principalmente para a autenticação de palavras-passe, os utilizadores devem ter bastante cuidado ao partilharem a sua imagem com terceiros», alerta Fabio Assolini investigador sénior de segurança da Kaspersky.
De acordo com o mesmo, as «empresas detentoras destas apps podem facilitar ou vender essas imagens a empresas que utilizam inteligência artificial para fazer modificações a partir do reconhecimento facial».
Sobre a questão de onde as fotos são guardadas, a Kaspersky também é peremptória: «É preciso ter consciência de que estes dados estão armazenados em servidores de terceiros e que também podem ser roubados por cibercriminosos e utilizados para a falsificação de identidades».
Contudo, se quiser mesmo continuar a FaceApp, ou outras aplicações semelhantes, a Kaspersky deixa algumas sugestões: «Ter a certeza de que a aplicação é de confiança e que está disponível nas lojas oficiais e ter a certeza de que a aplicação é de confiança e que está disponível nas lojas oficiais».