O que está do outro lado quando ligamos o nosso smartphone a um posto de carregamento público? É difícil saber e pode muito bem ser um pequeno computador programado para roubar os nossos dados pessoais – isto é um ataque informático chamado ‘juice jacking’.
Este tipo de ataque é bastante simples de implementar e consiste em enganar a pessoa, que pensa que está a ligar o dispositivo móvel a um carregador USB completamente normal; na verdade, está a ligá-lo a um computador que o hacker concebeu para roubar os dados pessoais ou instalar malware no equipamento.
O juice jacking é uma ameaça em crescimento. Várias empresas de cibersegurança e autoridades, como o FBI, têm emitido alertas sobre esta nova forma de ciberataque – é por isso que deve estar familiarizado com a situação e proteger-se contra a mesma.
Comprar um “preservativo” para o USB
O juice jacking só é possível pelo duplo papel do USB: alimentação e transmissão de dados. Pode confirmar isso mesmo numa ficha USB que tenha no computador ou em qualquer cabo type A: quatro pinos de metal, dois servem para transmitir energia e os outros dois para os dados. Já os USB 3.0 podem ter mais pinos.
Com esta informação torna-se mais fácil evitar os ataques, porque se desactivarmos os pinos que transmitem os dados, isolamos a possibilidade de os hackers serem bem-sucedidos. É aqui que entram os USB data blockers ou bloqueadores de dados USB também conhecidos por “preservativos” para USB já que impedem a comunicação de dados. Estes adaptadores podem ser comprados em diversos sites de e-commerce internacionais como o eBay ou a Amazon; há, ainda, algumas marcas disponíveis, entre as quais a PortaPow, uma das mais conhecidas. Tenha em atenção para comprar numa loja europeia ou tentar encomendar numa loja nacional, para não pagar alfândega. Usar o adaptador é muito fácil: basta ligá-lo à porta USB e só depois ligar o seu dispositivo. O carregamento será feito, mas nenhum dado será enviado ou recebido.
Carregamento rápido com “preservativo” USB
Se usar um bloqueador de dados é possível que o seu smartphone ou tablet não carregue tão rápido como é habitual, já que na maioria das vezes a modalidade de carregamento rápido é feita através da tecnologia active data transfer, que usa as ligações de dados. Assim, como bloqueador de dados normal, esta funcionalidade não funciona. Mas isso é ultrapassável se comprar um adaptador próprio para tal. A PortaPow, por exemplo, tem um com um chip SmartCharge que permite, na mesma, carregamentos rápidos de equipamentos das marcas mais conhecidas, como a Apple e a Samsung.
Tenha a sua própria estação de carregamento
A hipótese mais segura será sempre ter o seu carregador ligado a uma ficha. Mas como isso nem sempre é viável, a alternativa é ter a sua própria estação de carregamento, a que vulgarmente chamamos powerbank.
Aqui, a escolha é diversa: há dezenas de marcas no mercado, mas… qual será a melhor escolha? Recomendamos usar um powerbank que tenha a maior capacidade possível, já que com o tempo estes dispositivos tendem a perder autonomia.
Por exemplo, poderá optar pelo Puro Fast Charge 2.4A 8100mAh que está à venda online na Globaldata por 39,90 euros e que dá para carregar o seu smartphone, pelo menos, duas vezes e com carregamento rápido.
Se preferir algo mais em conta, tem o Xiaomi Mi 2S 10000mAh por 19,90 euros, com o qual também vai conseguir carregar o smartphone ou tablet duas a três vezes, mas que não terá a mesma rapidez. Atenção que se tiver um iPad Pro é possível que apenas dê apenas para fazer um carregamento e, depois, apenas 60% de uma nova carga.