A Kaspersky celebrou esta semana uma parceria com a APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima), com o objectivo de prestar apoio à organização em temas relacionados com a violação da privacidade digital e o stalkerware.
Existem várias formas de perseguir uma vítima e o stalkerware é uma das opções para quem procura o assédio online. A análise da Kaspersky mostra que o número de utilizadores atacados cresceu cerca de 67% em todo o mundo, passando de 40386 para 67500 entre 2018 e 2019. Já em Portugal, o aumento foi de 97% – o número subiu de 96 para 189 vítimas, no mesmo período.
A APAV presta apoio confidencial e gratuito a vítimas de cyberstalking através da Linha Internet Segura, contactável pelo número gratuito 800 219 090.
Este serviço presta não só aconselhamento aos utilizadores sobre a adopção de práticas seguras no uso da Internet, como também facilita uma plataforma de denúncia de conteúdos ilegais que estejam disponíveis online.
Em 2019, a Linha Internet Segura registou 7 casos de crimes relacionados com o acesso ilegítimo, 3 dos quais de stalkerware.
A APAV e a Kaspersky recomendam bloquear a instalação de programas de fontes desconhecidas nos dispositivos móveis, e nunca revelar a palavra-passe ou código de acesso mesmo a alguém que seja de confiança.
Para Alfonso Ramirez, director geral da Kaspersky Ibéria, a parceria com a APAV representa “um passo em frente no trabalho de consciencialização dos utilizadores” sobre o stalkerware.
“Em primeiro lugar, a vítima precisa de saber que esta ameaça existe e em que é que consiste, para então poder agir em sua defesa. Contactar organizações de apoio como a APAV deve ser o seu primeiro passo, antes mesmo de tentar confrontar o stalker, uma vez que as orientações dadas por especialistas poderão ser determinantes na hora de avançar com uma denúncia”.