Desenvolvido na Universidade de Aveiro (UA) o radar das emoções funciona através do envio de uma onda rádio que é reflectida pelo tórax da pessoa monitorizada.
Este eco recebido de volta pelo aparelho permite monitorizar o ritmo respiratório. Através deles, e com recurso a algoritmos de classificação, o radar consegue identificar três emoções: o medo, a alegria e um estado neutro, onde nenhuma emoção em particular está a ser sentida.
O radar da UA pretende ser um instrumento privilegiado, dada a sua natureza informativa e não-invasiva, para avaliar estados emocionais associados a determinados padrões de activação fisiológica, quer em contexto de investigação, quer em contextos mais práticos.
Para além disso, o radar das emoções poderá ser utilizado em muitos outros contextos, como no da investigação criminal ou no ramo automóvel (de forma a evitar acidentes derivados da automaticidade associada à condução).
“Num futuro próximo pretende-se detectar também com o radar o sinal cardíaco”, explicou Carolina Gouveia, investigadora do Instituto de Telecomunicações (IT), uma das unidades de investigação da UA. Com o auxílio deste sinal vital, antevê a cientista, “para além de termos mais informação que permita classificar ainda com mais precisão as emoções mencionadas, pretendemos avaliar também a possibilidade de identificar outras emoções como o nojo e a tristeza”.