A Motorola acaba de apresentar a versão revista e aumentada do seu flip phone icónico, o Razr. Sim, trata-se de um ‘reboot’ do telefone estrela do início do século XXI.
Em vez do pequeno ecrã LCD e do teclado que os modelos originais tinham, a versão 2019 do Motorola Razr tem um ecrã OLED dobrável semelhante ao que equipa o Samsung Galaxy Fold e o Huawei Mate X. Outra coisa que é semelhante aos seus primos que vêm do oriente é o preço: 1500 dólares, cerca de 1400 euros.
Uma das características mais interessantes deste novo Razr é a solução de engenharia que a Motorola arranjou para conceber a dobradiça do ecrã. Ao contrário de outros smartphones dobráveis que têm mecanismos de dobragem que acabam por fazer um vinco no ecrã OLED, como é o caso do Galaxy Fold, o ecrã do Razr não dobra completamente, como acontece com o Huawei Mate X. Em vez disso é criado um espaço vazio à volta da dobra quando o telefone está fechado. Tudo para que o ecrã tenha espaço. Em vez de não estar montado sobre dois suportes rígidos, quando se fecha o telefone, é criada uma curva suave em vez de um vinco.
Este mecanismo já tinha sido descrito pela Motorola numa patente que foi pedida em 2018. Em vez do mecanismo da dobradiça estar atrás do ecrã, a Motorola optou por instalá-lo de cada lado do ecrã para lhe dar espaço para poder dobrar para dentro do chassis do telefone numa curva suave. Por isso, mesmo com utilização intensiva, o ecrã nunca ganha um vinco de distorce a imagem. E tem a vantagem acrescida de não obrigar o ecrã a tanto esforço quando se dobra, o que pode ajudar na sua durabilidade.
[ngg src=”galleries” ids=”8″ display=”basic_slideshow” arrows=”1″ interval=”2700″]O ecrã é fabricado pela chinesa BOE (que também faz o ecrãs usados no Huawei Mate X) tem 6,2 polegadas e oferece uma resolução de 2142 X 876, a zona superior alberga a câmara e o altifalante.
Tal como acontecia com os RAZR originais, na versão 2019 também existe um segundo ecrã, mais pequeno – 2,7 polegadas e 800 x 600 – que serve essencialmente para que possa aceder ao Assistente da Google ver o relógio, notificações e tirar selfies com o telefone fechado. No ecrã mais pequeno a interface de utilização é nova e as notificações que aparecem ocupam o ecrã todo. Não é aparente se esta é uma nova funcionalidade do Android, ou se é específica do Razr.
Em termos de dimensões, o Razr 2019 mede 172 mm × 72 mm × 14 mm, o que não se afasta muito das dimensões do modelo original, que media 98 mm x 53 mm and 13,9 mm. A excepção é o comprimento, que aumentou consideravelmente.
No que respeita a especificações, o Razr tem um processador um pouco “curto”, principalmente se olharmos para o preço. Trata-se de um Snapdragon 710 de 10 nm, que tem oito núcleos Kryo 360. Dois deles funcionam a 2,2 GHz e seis que funcionam a 1,7 GHz. Este SoC foi lançado há mais de um ano e não é de todo o que se costuma encontrar num smartphone deste preço. Segundo a Motorola, a opção por este chip prendeu-se com questões de gestão térmica e consumo de energia. O modelo de entrada de gama tem 6 GB de memória RAM e 128 GB de espaço de armazenagem. A bateria está dividida entre as duas partes de equipamento e oferece 2510 mAh.
O sistema operativo é Android 9 e a Motorola incluiu também um modo de utilização que emula o teclado original do Razr na parte inferior do ecrã e a interface do modelo original na parte superior.
O Motorola Razr 2019 vai estar disponível na Europa, América Latina, Ásia e Austrália.
Especificações:
Processador Snapdragon 710
6 GB RAM
128 GB de espaço de armazenagem
Ecrã OLED dobrável de 6,2 polegadas (2142 x 876)
Ecrã Quick View com 2,7 polegadas (800 x 600)
Câmara de 16 MP com modo de fotografia nocturna
Câmara secundária com 5 MP
Bateria de 2510mAh
USB-C
eSIM
Android 9 Pie
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