A Black Friday tornou-se no maior evento de consumo anual, com 95% dos consumidores conscientes deste dia.
A tendência é comprar cada vez menos em lojas físicas – no Reino Unido, por exemplo, apenas 12% dos consumidores compraram exclusivamente em estabelecimentos durante a Black Friday de 2018. Contudo, em Portugal, existe um maior equilíbrio, com a maioria dos consumidores a optarem por fazer compras tanto online como em lojas físicas. Também em 2018, 65% dos portugueses usaram o smartphone para o efeito.
Não apenas o aumento do número de compras online, mas também o alargamento do período de descontos da Black Friday, contribui para uma exposição maior e mais prolongada a ciberataques.
Um recente estudo da Kaspersky alerta para o aumento do risco para os consumidores durante este período de descontos, revelando que a probabilidade de sofrerem um ataque de phishing financeiro aumenta em 24% quando comparada à média anual.
Esperançosos que os utilizadores descurem da sua segurança online por estarem concentrados na busca pelas melhores ofertas, os hackers aumentam a sua actividade – quase uma centena de websites e apps tornam-se alvo para actividades maliciosas.
Tal como sublinham os especialistas de Kaspersky, ao longo dos primeiros nove meses deste ano, 15 famílias distintas de malware financeiro atacaram os utilizadores de algumas das marcas mais populares. Em 2019, além das famílias conhecidas Zeus, Betabot ou Cridex Gozi, a Kaspersky identificou duas novas: Anubis e Gustuff.
Na maioria dos casos, os hackers dirigem ataques às grandes marcas para obter as credenciais dos utilizadores: logins, palavras-passe, número dos cartões bancários, contacto de telemóvel, entre outros.
Ao capturarem estes dados, conseguem modificar o conteúdo dos websites e reencaminhar os utilizadores para outras páginas de phishing. Desta forma, não só é essencial que os consumidores redobrem a atenção, mas também que as plataformas de comércio online aumentem os esforços para garantir a segurança dos seus clientes.