Se se traduzir ‘Glaive’ para português a correspondência é ‘Gládio’, a espada curta usada por todos os legionários romanos em combate. Era uma espada com lâmina curta e larga, com dois gumes, pensada para penetrar facilmente na armadura de um inimigo e também para combate corpo a corpo em espaços reduzidos, como por exemplo no meio de uma manobra do manípulo em que um legionário estava inserido.
Nas mãos de um veterano experiente era uma arma letal.
Passados mais de 2000 anos a Corsair recuperou a designação ‘Glaive’ para o seu rato para jogos mais versátil que se adapta facilmente a vários tipos de utilização.
O Glaive inclui três peças que se podem instalar nas partes laterais e que servem para ajudar no posicionamento da mão do jogador em cima do rato e assim ajudá-lo a ter um maior grau de conforto.
Este rato é mais baixo e comprido que outros modelos compráveis, já a largura depende das peças laterais que o utilizador tiver instalado a dada altura.
Os apoios laterais amovíveis fazem com que este rato seja um dos mais confortáveis que jamais usei, sendo os únicos que se compraram, em termos de adaptação à mão, os RAT da Mad Catz que, para além dos apoios laterais, também permitem aumentar o comprimento do rato através de apoios superiores que se movem em cima de um pequeno carril. Mas também custam mais do dobro do Glaive.
Voltando ao assunto que nos traz aqui, o Glaive é um rato que se liga ao PC através de um cabo USB com 1,8 metros, tem 7 botões programáveis, sensor com uma resolução máxima de 18000 dpi e iluminação RGB de três zonas.
O corpo é todo feito em plástico, mas dos lados tem duas zonas com um revestimento em borracha. Os botões laterais são bastante salientes, de forma que seja rápido encontrá-los, mesmo quando não se está a olhar.
A configuração do Glaive é feita através do software iCue da Corsair. Apesar desta aplicação ter evoluído bastante ao longo do tempo, com novas funcionalidades e melhorias ao nível da usabilidade, o programa continua a ser algo denso e não muito intuitivo, principalmente para quem nunca utilizou software deste tipo. Há também a questão de alguns bugs que o acompanham desde há muito tempo e que, por exemplo, fazem com que o rato, por vezes, não assuma os perfis que estão configurados. O que obriga o utilizador a desligá-lo e voltar a ligá-lo na entrada USB.
Depois de escolher a peça lateral que mais me convinha (no meu caso, a mais larga) e configurar a resolução do sensor, usei jogos como o WoW e Overwatch para o testar. O Glaive portou-se muitíssimo bem. O apoio lateral impede que a mão apoie na mesa, o que lhe dá uma velocidade e desenvoltura maiores.