No âmbito do Mês Europeu da Cibersegurança, a APSEI – Associação Portuguesa de Segurança aborda as mudanças que a IoT (Internet of Things) irá trazer ao sector: por exemplo, os dispositivos de segurança física vão conseguir processar e transmitir informação relativa ao seu próprio funcionamento e ao espaço físico onde se encontram de forma muito mais completa e célere graças a esta tecnologia.
No futuro, graças à IoT, será possível que todas as fechaduras das portas dos edifícios comuniquem entre si, mas também com as câmaras de videovigilância, com o sistema de detecção de intrusão, com a iluminação e com muitos outros dispositivos ali presentes permitindo criar um nível de inteligência integrada que dificultará muito mais o acesso de intrusos ao interior desse edifício.
Um vasto conjunto de câmaras de vídeo será também capaz de identificar pessoas, determinar a sua idade, identificando os seus comportamentos e utilizando essa informação para monitorizar, por exemplo, um suspeito que esteja a rondar um espaço protegido.
A IoT pode tornar a segurança física mais inteligente, o que significa que a deve tornar também mais segura e, por isso, é crítico garantir que os dispositivos não vão introduzir novas vulnerabilidades na rede à qual estão ligados.
Tanto o cliente, como as restantes partes envolvidas na cadeia de valor devem estar cientes dos riscos envolvidos na utilização de dispositivos cuja produção não tenha considerado os aspectos relativos à cibersegurança e à privacidade dos dados.
Numa solução de segurança onde todos os dispositivos estão a transferir quantidades de informação cada vez maiores, uma falha de segurança num único dispositivo pode resultar numa fuga de informações e no comprometimento de todo o sistema.
A solução para este problema pode passar pelo desenvolvimento de normas e especificações técnicas que permitam aos dispositivos de segurança comunicar de forma segura entre si e com outros tipos de dispositivos.
Aliás, actualmente já existe alguma consciencialização para estes problemas e é prova disso o Regulamento Geral de Protecção de Dados (RGPD). No sector da segurança, também os consumidores começam cada vez mais a ter em consideração a cibersegurança dos dispositivos como um factor decisivo no momento de seleccionar um fornecedor de soluções e dispositivos de segurança.