Se tanto o Galaxy A50 como o A70 nos surpreenderam, a expectativas sobre o novo Galaxy A80 estavam em alta e, aparentemente, a Samsung não desiludiu. Mantendo-se fiel ao que já assistimos nos últimos meses, este smartphone mantém o corpo elegante e o enorme ecrã Super AMOLED de 6,7 polegadas que já conhecemos do A70.
Bem, talvez haja aqui uma diferença, pois este ecrã tem a particularidade de usar molduras quase invisíveis, bem como dispensa artimanhas como um entalhe ou um orifício no ecrã para esconder a câmara frontal. A Samsung decidiu usar o Galaxy A80 como montra tecnológica e peça inovadora, ao criar uma câmara frontal que é, na realidade, a câmara traseira, utilizando para tal um mecanismo que permite que o módulo das câmaras possa oscilar entre a vista frontal e a vista traseira.
Câmara rotativa
Embora esta não seja a primeira implementação no mercado para uma câmara rotativa, até porque a Asus revelou recentemente a sua solução com o novo Asus ZenFone 6, a solução do Galaxy A80 é diferente, pois não permite escolher o ângulo desejado como no modelo do fabricante de Taiwan. Ou seja, no A80, ao tocar o ícone de activação da câmara de selfie na aplicação da câmara, irá descobrir um mecanismo que eleva o módulo, girando-o 180º quando este atinge a posição final. Todo este processo demora algum tempo (mais de um segundo), sendo acompanhado por um ruído mecânico suficientemente sci-fi, que certamente o levarão a alterar a posição da câmara só pela piada de todo o processo.
O módulo das câmaras é composto por um sensor principal de 48 MP (Sony IMX586) com abertura f/2.0, um sensor de 8 MP grande angular (ângulo de 123º) e um terceiro sensor 3D Depth Camera, mais conhecido como sensor ToF (Time-of-Flight), que permite medir com exactidão a profundidade para a criação de efeitos de bokeh mais realistas, usando o modo Live Focus. Graças a este sensor, este efeito poderá ser usado tanto nas fotografias (frontais e traseiras) como em vídeo, vídeo esse que pode ser 4K a 30 fps, ou 1080p a 60 fps.
Limitações
Porém, embora o módulo da câmara seja o mesmo, existem limitações em termos de funcionalidades, como o facto de, quando utilizado em modo selfie, ser impossível de ajustar o ponto de focagem, tal como acontece com o sensor de grande angular, em ambas as ocasiões.
Ainda assim, em termos de resultados, as imagens captadas pelo sensor principal são de elevada qualidade, mas o de grande angular já só nos convence em situações com boas condições luminosas. Igualmente limitada é a capacidade da bateria, que devido ao espaço ocupado pelo mecanismo da câmara rotativa, viu a sua capacidade descer dos 4500 mAh do Galaxy A70, para os 3700 mAh.
Felizmente, a excelente gestão de energia do processador Snapdragon 730 permitiu que a autonomia não sofresse tanto quanto o esperado, ainda para mais tendo em conta o consumo energético do enorme ecrã aqui utilizado. Onde este processador brilhou foi no desempenho, tendo registado resultados equiparáveis ao processador Kirin 970, que equipou modelos como o Huawei Mate 10 Pro e P20 Pro.
Distribuidor: Samsung
Site: samsung.pt
Preço: €699
Benchmarks
- 3D Mark Ice Storm Unlimited: 38098
- Antutu Benchmark: 206933
- PCMark Work 2.0: 7313
- PCMark Work 2.0 Battery: 732m
Ficha Técnica
Processador: Qualcomm Snapdragon 730 (2x 2.2 GHz Kyro 470 Gold + 6x 1.8 GHz Kyro 470 Silver)
Memória: 8GB
Armazenamento: 128GB
Câmaras: 48 MP f/2.0 + 8 MP f/2.2 + 3D Depth Camera
Ecrã: 6,7” Super AMOLED (2400 x 1080), 393 ppi
Bateria: 3700 mAh
Dimensões: 165,2 x 76,5 x 9,3 mm
Peso: 220g