A Apple anunciou outra uma mão cheia de novidades (e mais um dedo) que vão acabar por marca or próximos anos da maçã e que vão mudar a forma como utilizamos um iPad, um iPhone e um Mac.
Mac Pro
Começamos precisamente pela actualização dos computadores dos Mac Pro que tinham um design em forma de tubo.
O novo é uma espécie de regresso ao passado, uma vez que a marca volta a usar alumínio com orifícios circulares, o que não deixa de fazer lembrar os Power Mac G5 que a Apple lançou em 2003.
Este novo computador faz dupla com um ecrã retina 6K de 32 polegadas chamado Pro Display XDR (na traseira tem o mesmo design em rede do Mac Pro) que tem a particularidade de o suporte metálico ser um acessório opcional, com um preço que vai rondar os mil euros. Com este stand, vai ser possível rodar o Pro Display XDR para ter uma configuração vertical.
Em relação a preços, a Apple esticou tudo ao máximo: na sua configuração inicial com processadores Xeon de oito núcleos, 32 GB de RAM, um disco SSD de 256 GB e uma placa gráfica Radeon Pro 580X, o Mac Pro vai custar 5999 dólares, provavelmente o mesmo valor em euros quando chegar a Portugal (ainda sem data definida). O Pro Display XDR segue o mesmo caminho: 4999 dólares.
macOS Catalina
Para os computadores Mac vem aí o Catalina que, tal como os seus antecessores, recebe o nome de um local na Califórnia: foi assim com o Mavericks (um spot de surf), com o Yosemite, o El Capitan, o Sierra e o High Sierra (parques naturais e formações rochosas) e o Mojave (um deserto).
Agora é a vez de uma ilha que fica ao largo da costa da Califórnia. Este novo sistema operativo traz duas grandes novidades: as hipóteses de emparelhamento com o iPad e o fim do iTunes.
Em relação ao iPad, há uma nova capacidade de programação, o Project Catalyst, que que permitir que os programadores consigam transformar facilmente uma app para Mac numa para iPad e, consequentemente, para iPhone.
Outra novidade é o Sidecar, uma função que permite usar o iPad como um segundo ecrã: tanto podemos arrastar uma aplicação aberta do Mac para o tablet da Apple, como ver no ecrã dos computadores o que estamos a fazer aqui; o exemplo apresentado foi um desenho de precisão.
Um dos rumores que circulava antes da edição do WWDC deste ano era a anunciada “morte” do iTunes. E isto acabou mesmo por se confirmar: quando actualizar o computador para o Catalina vai, em vez do iTunes, ver três apps – Apple Music, Apple Podcasts e Apple TV.
O novo Catalina, que traz ainda um modo alerta contra roubo ( emite sinais Bluetooth, mesmo quando está desligado para que possa ser detectado por outros equipamentos Apple que estejam próximos) chega no Outono.
Em relação a compatibilidades, o Catalina vai poder ser instalado em modelos iMac, MacBook Pro, MacBook Air e MacBook que tenham sido lançados a partir de 2012.
iOS 13
A principal novidade do iSO 13 já se sabia há algum tempo: o Dark Mode (modo escuro) que vai poder ser usado nas aplicações da Apple como a Mapas, o Calendário e a Música. O teclado também se adapta a esta nova realidade, com tons mais escuros.
Depois disto, há melhoramentos nos Mapas com uma vista de rua mais autêntica (apenas nos EUA), Memojis que passam a estar disponíveis no teclado do iOS, novas formas de interagir e editar fotografia e vídeos e uma integração maior da Siri com os AirPods – será possível ditar uma mensagem assim que esta chegue ao iPhone, assim como enviar uma resposta dada por voz e transcrita no momento.
Os iPhones compatíveis com o iOS 13 começam no iPhone SE e nos modelos 6S, além do iPod Touch de sétima geração.
iPad OS
Esta é uma espécie de versão com esteróides do iOS 13 que, tal como esta, fica disponível no Outono para download. O multitasking é uma das funções-rainha deste novo sistema operativo, com a possibilidade de dividirmos o ecrã do iPad para usar duas apps (tanto as da Apple como as de terceiros) em simultâneo.
Estas apps podem ser diferentes ou a mesma: ou seja, duas janelas do Mail ou duas do Word, Keynote, Numbers ou Pages para, por exemplo, arrastar conteúdos de uma para a outra.
As outras características especiais do iPad OS incluem uma app Ficheiros que mostra agora um preview do que seleccionarmos, capacidade de reconhecer pens USB, cartões de memória e importar fotografias de uma câmara através de um cabo (tudo isto já era possível com acessórios e aplicações próprias) e a diminuição do tempo de resposta do Apple Pencil de 20 para 9 milisegundos.
O novo sistema operativo para os tablets da Apple vai poder ser instalado a partir dos modelos iPad Air 2, iPad Mini 4, iPad de quinta geração, e iPad Pro.
watchOS
O sistema operativo para os relógios da Apple também saiu reforçado do WWDC com novas funcionalidades: a maior será mesmo a possibilidade de os programadores criarem apps exclusivas para este relógio, sem que sejam necessário fazer a correspondente para iOS.
Isto vai fazer com que haja acesso directo à App Store a partir do Apple Watch, ou seja, vai deixar de ser preciso usar o iPhone para instalar uma aplicação no relógio e ter a chamada ‘companion app’ no telefone.
Entre as outras novidades estão algumas funções relacionadas com a saúde dos utilizadores, como alertas que avisam quando estamos em ambientes com níveis sonoros muito altos, prejudiciais à audição.
Finalmente, há novas apps da Apple que chegam directamente ao nosso pulso: notas de voz, livros áudio e a calculadora vão ficar disponíveis no Apple Watch.