A gama Mi Mix da Xiaomi sempre foi conhecida por apresentar um dos maiores rácios de ecrã do mercado, ao utilizar apenas uma pequena moldura na parte inferior para alojar a câmara frontal. No novo Mi Mix 3, a marca chinesa optou por recuperar uma solução usada em tempos para esconder (literalmente) essa câmara por detrás do ecrã.
Isto faz com que o painel frontal seja ocupado maioritariamente pelo display, com um rácio de 93,4% e molduras muito finas em todas as faces do mesmo. Para tal, a Xiaomi optou pela utilização de um mecanismo deslizante, solução essa que só foi utilizada pela BlackBerry nos últimos quatro anos, e neste caso apenas para esconder o teclado QWERTY físico. Recorrendo a um conjunto de poderosos ímanes, é necessária alguma força para poder forçar o mecanismo que ao deslizar para baixo, revela um flash LED e o duplo sensor de imagem, constituído por um sensor principal de 24 MP e um secundário de 2 MP, tendo este último a função de desfocagem do fundo da imagem. Existem soluções similares, como o Lenovo Z5 Pro (não vendido em Portugal), ou o Oppo Find X e o Vivo NEX, que utilizam um mecanismo de recolha do módulo dos sensores de imagem.
Robusto
Embora esta solução tenha obrigado a um aumento da espessura do equipamento, não podemos dizer que os 8,5 mm sejam um valor demasiado elevado, já que outros smartphones topo de gama conseguem ser mais espessos, como o Huawei Mate 20 Pro com os seus 8,6 mm.
De resto, encontrará um painel traseiro em vidro, praticamente idêntico ao do Mi Mix 2S, com as extremidades arredondadas, sensor de impressões digitais ao centro e, no topo, o sistema de duplo sensor fotográfico traseiro, composto por sensores de 12 MP com abertura f/1.8, com um deles servir para fazer o efeito de zoom óptico 2x. A qualidade de imagem destes é bastante boa, superior ao anterior Mi Mix 2S e ao Pocophone F1, estando incluído o já obrigatório assistente de inteligência artificial e um modo nocturno capaz de resultados convincentes.
Desempenho
No Mi Mix 3 encontramos o já conhecido Snapdragon 845 que, em conjunto com os 6 GB de memória RAM, garante resultados elevadíssimos de desempenho, ao nível dos melhores que tivemos em teste: Sony Xperia XZ3 e Asus ROG Phone.
Em termos de armazenamento, este smartphone está limitado a 128 GB, não existindo forma de expandir esse valor. O facto de a estrutura traseira ser mais estreita obrigou à utilização de uma bateria de menor capacidade (3200 mAh) que o habitual, mas a excelente eficiência energética do processador, em conjunto com a utilização de um ecrã AMOLED, permitiu atingir um valor respeitável no teste de autonomia do PCMark, com a vantagem de ser compatível, não só com carregamento rápido de 18 W (Qualcomm Quick Charge 4+, com ocarregador USB-C utilizado), como com o carregador sem fios de 10W, que é igualmente fornecido.
Distribuidor: jp.di
Site: mi.com/en
Preço: €499,90
Benchmarks
- Antutu: 294 855
- 3D Mark Ice Storm Unlimited: 64 530
- PCMark 8 Work 2.0: 8640
- PCMark 8 2.0 (Autonomia): 618 minutos
Ficha Técnica
Processador: Qualcomm Snapdragon 845 (4 x 2,8 GHz + 4 x 1,7 GHz)
Memória: 6 GB
Armazenamento:128 GB
Câmaras:12 MP f/1.8 + 12 MP f/1.8 (traseira), 24 MP f/2.2 + 2 MP (frontal)
Ecrã:6,39” AMOLED (2340 x 1080), 403 ppi
Bateria:32000 mAh
Dimensões:157,9 x 74,7 x 8,5 mm
Peso: 218 gr