Uma equipa de investigadores da Universidade de Aveiro (UA) desenvolveu uma capa para volantes que monitoriza os sinais vitais do condutor e o avisa, em caso de grande fadiga, que é altura de parar e descansar.
Desenvolvida com uma técnica que permite integrar dispositivos electrónicos à base de grafeno directamente em fibras têxteis mantendo o espectro, a flexibilidade e o toque do tecido, a capa do volante permite medir nas mãos dos condutores durante qualquer viagem – e, em especial, as viagens mais longas – a resposta galvânica da pele.
Por outras palavras, os sensores acoplados na capa “registam a condutividade eléctrica da pele, uma propriedade que funciona como um indicador do estado psicológico e fisiológico dos indivíduos, permitindo identificar o indivíduo, alterações na condutividade e relaciona-las com padrões de comportamento humano”.
Captados pela capa desenvolvida no CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro (uma das unidades de investigação das UA), os sinais são analisados em tempo real por um algoritmo desenvolvido no Instituto Superior Técnico e no Instituto de Telecomunicações, no pólo de Lisboa, pela equipa da investigadora Ana Fred. Este, ao analisar os dados, reconhece ou não sinais associados à fadiga. Havendo cansaço, o sistema espoleta um alerta para o smartphone ou para o smartwatch do condutor.
Actualmente, explica a investigadora Helena Alves, “o protótipo transmite os dados via Bluetooth, o que permite a emissão de notificações, por exemplo, para um smartphone ou smartwatch”.
A coordenadora do projecto antevê que, num futuro próximo, “será possível convergir para cenários em que o sistema está ligado directamente ao veículo e é o próprio computador de bordo a apresentar as notificações ou a alterar o comportamento do mesmo”.
Via: Universidade de Aveiro (UA).