Esta startup portuguesa foi criada em 2015 por Pedro Viana, Pedro Mendes e André Roque e a ideia surgiu porque um dos fundadores teve um problema com o seu alojamento local. Gustavo Silva, CMO da Homeit explicou, à PC Guia, que «André Roque vivia em Londres e queria alugar o seu apartamento em Lisboa no Airbnb» e quando pediu ajuda para os check-ins depressa percebeu que «era impossível fazer um bom serviço» por falta de disponibilidade das pessoas. Assim, começou a pensar numa forma de «possibilitar aos hóspedes serem autónomos no check-in sem utilizar pessoas e cofres na rua que são inseguros e difíceis de utilizar».
A solução da Homeit funciona com qualquer tipo de fechadura electrónica de 12 V e basta comprar um homeit kit (275 euros + IVA, cerca de 340 euros), que inclui uma fechadura ou testa eléctrica, um teclado e uma homeit box. Lá dentro está um circuito que é usado para fazer a ligação à Internet entre todos os elementos.
O responsável explica que, após a instalação, tudo é feito remotamente através da app, disponível para iOS e Android, e do software host dashboard: «Basicamente, controlamos a homeit box à distância que consegue mandar ordens de abertura às fechaduras electrónicas». Os proprietários podem, assim, abrir portas, criar e editar chaves únicas para os hóspedes (com data de check-in e check-out) via app, SMS ou teclado e aceder ao registo de entradas. Gustavo Silva lembrou ainda que a homeit box tem mais uma «particularidade diferenciadora»: a ligação ao intercomunicador na casa das pessoas, através da qual também se consegue abrir a porta do prédio com o sistema da startup.
Solução diversificada
A Homeit tem cerca «mil clientes» em quinze países e registou «um milhão de aberturas (acessos)», no Verão de 2018 e está, neste momento «está quase a chegar aos dois milhões» – o director de marketing referiu que este crescimento equivale à abertura de «uma porta a cada trinta segundos».
Mas não é só no alojamento local que a solução pode ser usada: «É possível também inserir módulos para adaptar a homeit box a qualquer sistema. Por exemplo, inserir um módulo RFID para fazer abertura de outro tipo de portas e sistemas» já que uma das preocupações foi criar «a solution to fit all doors».
Novidades para 2019
Gustavo Silva revelou que a empresa está a preparar novidades para 2019: «O ano de 2018 foi o de hardware, onde investimos muito a desenvolver o nosso novo produto que será lançado em Abril de 2019 e consiste numa nova homeit box com Wi-Fi e Bluetooth, um novo teclado homeit com Bluetooth e um smart lock para fechaduras europeias. Este novo produto será revolucionador porque será DIY, faça você mesmo». Assim, o ano de 2019 será o «ano do software», acrescentou. Para isso, a Homeit vai «melhorar a aplicação e o software» e já está a «contratar pessoas» para os ajudar a conseguir esse objectivo.
Quanto ao futuro, além da nova versão da homeit box, a startup está focada em «aumentar a quota de mercado em Portugal e Espanha». No entanto «o plano a cinco anos é vender oitenta mil homeit boxes em Portugal, Espanha, França, Itália e Polónia», esclareceu Gustavo Silva.