IA, máquinas de aprendizagem e robôs estão a ser introduzidos e adaptados praticamente em todas as indústrias. Em preparação para o que já é carinhosamente conhecido como uma Quarta Revolução Industrial, a indústria mineira não fica atrás, substituindo trabalho laboral por uma opção mais lucrativa, eficiente e de produção segura.
A Evolução da Indústria Mineira
Há muito tempo que a indústria mineira conta com maquinaria pesada suspensa por cabos de mineração e operadas por mineiros para fornecer um desempenho elevado consistente, sob as piores condições imagináveis. Contudo, à medida que observamos a indústria aproximar-se mais e mais da automatização total, é importante observar extensivamente a história da indústria mineira para realmente perceber as implicações que esta revolução terá.
Desde 1600, quando as ferramentas manuais foram substituídas por explosivos, e nos anos 1700, quando a primeira revolução industrial viu mineiros utilizar brocas, elevadores e bombas a vapor, o processo tem-se desenvolvido drasticamente à medida que a tecnologia evolui, dando aos mineiros a oportunidade de escavar com maior precisão, e causando menos danos nos terrenos circundantes do que alguma vez antes. Hoje em dia, companhias mineiras em todo o mundo utilizam IA e robôs em todas as operações, incluindo o uso de camiões de transporte autónomos e a unificação digital para criar réplicas de paisagens, sistemas, etc.
Benefícios da Automatização e IA na indústria mineira
Há certos receios que a IA ameaça os trabalhadores de todo o mundo: os empregos na indústria mineira podem estar entre os primeiros a serem dominados, no entanto, essa transformação tem também, o potencial de trazer muitas coisas positivas.
Obviamente, a segurança é talvez o benefício mais óbvio da IA nesta indústria. A mineração é um trabalho sujo e perigoso. De acordo com as estatísticas da Organização Internacional do Trabalho, estima-se que a indústria mineira é responsável por 5% das fatalidades globais no local de trabalho. Por outro lado, à medida que a IA auxiliam cada vez mais a exploração mineira e identifica locais de perfuração, e, contam com um software de manutenção preditivo, certificando que as máquinas trabalham adequadamente, espera-se que as fatalidades diminuem nos próximos anos.
O próximo – e possivelmente o mais importante para proprietários de empresas e relevantes stakeholders – são os benefícios financeiros da IA. Nos últimos 30 anos, o preço médio dos robôs desceu para quase metade em comparação com os custos da mão-de-obra, tornando esta adopção mais acessível a longo prazo, particularmente na indústria mineira que opera em locais remotos sem força de trabalho local imediata. Isto, juntamente com o facto de que a automatização é naturalmente mais eficiente e produtiva, faz com que seja difícil argumentar contra a IA. Por exemplo, os camiões autónomos usados pela grande mina Rio Tinto, que podem transportar até 350 toneladas de uma só vez, reduziram o consumo de combustível em 13% desde que foram introduzidos há 10 anos. Esta estatística demonstra que a IA está também a ajudar o ambiente.
De olho no futuro
O título deste artigo propõe uma pergunta, e a resposta é conclusiva – já aconteceu. Os drones já realizam o trabalho de helicópteros e, camiões automáticos têm melhor desempenho do que outra alternativa. Contudo, isto não significa que as pessoas tenham sido substituídas totalmente. O que significa, é que no futuro, o sector mineiro terá de adoptar a IA e outras tecnologias para se manterem actualizadas. E porque não? As pessoas serão empregadas em funções mais seguras, e trabalhos menos repetitivos enquanto os processos são tornados mais eficientes e lucrativos. Este poderá ser o balanço perfeito entre o homem e a máquina.