Um grupo de investigadores portugueses criou um dispositivo sem fios vestível que avalia a rigidez do pulso para apoio a procedimentos neurocirúrgicos de estimulação cerebral profunda, já usado em pacientes de Parkinson e que poderá vir a ser útil também em epilepsia ou outras doenças do foro neurológico.
O aumento da rigidez muscular é um dos principais sintomas da doença de Parkinson, que é frequentemente tratada com o implante de eléctrodos de estimulação cerebral profunda quando os medicamentos não têm mais efeito.
Durante a cirurgia, os médicos avaliam a rigidez do pulso, de forma a decidir qual a melhor posição para o implante. Esta cirurgia, hoje em dia, é feita por dois cirurgiões que manipulam manualmente o pulso, o que significa que a avaliação subjectiva que fazem é influenciada pela sua experiência e percepção.
Existem ainda alguns sistemas que ajudam a fornecer uma avaliação objectiva e quantitativa, mas que são, no entanto, complicados de configurar. A tecnologia desenvolvida pelos investigadores responde, assim, a estas necessidades, sendo fácil de configurar e de utilizar pelos médicos durante uma cirurgia.
Esta tecnologia é o resultado de uma investigação do INESC TEC, com o apoio do Hospital Universitário de São João, na área da Engenharia Biomédica e dá agora origem a uma nova spin-off na área da saúde. Vai chamar-se InSignals Neurotech e tem também participação do grupo Frontier IP do Reino Unido.
Aplicações potenciais desta tecnologia, que vão passar a ser comercializadas pela InSignals Neurotech, incluem ajudar instituições farmacêuticas a monitorizar ou a avaliar o impacto de novos medicamentos na redução da rigidez durante os ensaios clínicos.
Via INESC TEC.