A ideia surgiu quando um dos fundadores, Virgílio Bento, quis comprar um dispositivo para saber a localização do seu cão, explica André Carvalheira, managing director e um dos fundadores da Findster.
Os empreendedores perceberam, então,uma coisa: «Nenhum produto que existia no mercado era desenhado para ser um sistema de localização de animais de estimação fidedigno». O responsável refere que além de os dispositivos existentes «enviarem notificações com atrasos de quinze minutos», tornando-os uma ferramenta «reactiva e não preventiva de fugas», também eram obrigados a «cobrar mensalidades aos donos dos animais de estimação por basearem o seu funcionamento em comunicações através de um cartão SIM», tal como acontece com os telemóveis.
Como usa um protocolo de comunicação de IoT (o Maze, desenvolvido pela empresa), o equipamento da Findster não necessita de recorrer às redes dos operadores, sendo esta a sua verdadeira diferença para as soluções da concorrência. Além disso, a actual versão Findster Duo+ ajuda a saber a actividade do animal para que os donos possam vigiar a sua saúde.
O dispositivo tem um alcance de quase um quilómetro em locais de grande densidade urbana, quase cinco quilómetros em terreno aberto, é à prova de água e permite criar um perímetro virtual:se o animal sair do mesmo, o dono é notificado.
O sistema da companhia portuense permite «monitorizar até três animais de estimação ao mesmo tempo, usando só um Guardian (equipamento que fica com a pessoa) e só um telemóvel», acrescenta o fundador. Assim, este é, também o dispositivo ideal para quem tem mais do que um animal.
Solução global
Uma das mais valias da Findster é que o equipamento funciona em todo mundo e a empresa refere que tem já clientes em mais de setenta países. «O nosso maior mercado é a América do Norte (EUA e Canadá). O Reino Unido e a Austrália também são mercados importantes para nós e vamos durante este ano aumentar o investimento noutros países da Europa e Japão» esclarece o managing director da startup.
Em relação ao futuro, André Carvalheira está optimista:«O mercado dos animais de estimação tem crescido a um ritmo muito acelerado. As famílias tratam cada vez mais os animais de estimação como parte da família e estão, por isso, dispostas a investir no seu bem-estar e segurança, o que vai contribuir para que este mercado continue a aumentar. Acreditamos que a tecnologia pode ter um papel muito importante nesta evolução e que a Findster está bem posicionada para se tornar na #1 pet tech company».