Na Universidade de Aveiro (UA), uma equipa de investigadores ajudou a desenvolver uma técnica que permite que fibras totalmente electrónicas sejam entrelaçadas em tecidos têxteis.
A descoberta, segundo a equipa de investigadores, pode “revolucionar a criação de dispositivos electrónicos vestíveis para uso numa variedade de aplicações diárias, desde o acesso ao correio electrónico até aos diagnósticos médicos”.
Actualmente, as roupas electrónicas são fabricadas através da colagem de dispositivos nos próprios tecidos, tornando-os rígidos e susceptíveis de se estragarem com facilidade.
Este trabalho, desenvolvido em parceria entre o CICECO – Instituto de Materiais de Aveiro (uma das unidades de investigação das UA), o centro de investigação em têxteis CENTEXBEL (Bélgica) e a Universidade de Exeter (Inglaterra), integra os dispositivos electrónicos no tecido, revestindo fibras electrónicas com componentes leves e duráveis que permitirão que imagens e sinais luminosos sejam mostrados pelo próprio tecido.
“É uma técnica que permite integrar dispositivos baseados em grafeno directamente em fibras têxteis, mantendo o aspecto, flexibilidade e toque do tecido. Para já, criámos sensores de toque, tal como os usados nos ecrãs sensíveis ao toque, e dispositivos que emitem luz”, explicou Helena Alves, investigadora do CICECO.
A coordenadora do trabalho realizado na UA garante que “a combinação destes dispositivos permite, por exemplo, criar ecrãs sensíveis ao toque em tecidos ou objectos revestidos com têxteis, para visualizar informações”. E como os dois dispositivos foram fabricados usando métodos compatíveis com métodos e requisitos industriais, torna possível a respectiva produção industrial.
Via Universidade de Aveiro (UA).