O estudo Global CEO Outlook da KPMG, que compara as perspectivas e expectativas dos gestores portugueses com os resultados do survey global, envolveu cerca de 1300 gestores de algumas das principais economias mundiais.
Os CEOs portugueses (92% dos inquiridos) estão mais optimistas em relação ao crescimento da economia global do que os seus congéneres mundiais (78%). A maioria dos líderes globais (55%) espera um crescimento de menos de 2%, uma percentagem que em Portugal ascende aos 64%.
O optimismo dos CEOs é atenuado por incertezas face a ameaças como o terrorismo, alterações climáticas e ambientais, riscos da cibersegurança ou o risco da tecnologia emergente/disruptiva.
A maioria dos CEOs indica estar preparada para liderar uma transformação organizacional radical (71% a nível global e 64% em Portugal). No entanto, entre os CEOs portugueses, um terço tem dúvidas quanto à capacidade da sua equipa de gestão coordenar a transformação digital exigida.
Para 49% dos inquiridos a nível global, ser vítima de um ciberataque é hoje uma inevitabilidade: uma questão de “se”, e não de “quando”. Os gestores portugueses estão mais optimistas e 28% concorda com esta visão.
Os CEOs de todo o mundo preocupam-se com a robustez das suas defesas, mas 51% acreditam estar bem preparados para um ciberataque. Em Portugal, apenas 32% dos líderes se consideram preparados para um ataque com estas características.
Para se tornarem mais ágeis e acelerarem no caminho da inovação digital, as organizações estão a construir redes (ou “ecossistemas”) de inovação: 68% dos líderes inquiridos em Portugal pretendem criar programas de aceleração ou incubadoras para startups. Um valor acima da média global, de 53%.
A Inteligência Artificial (IA) é outro dos temas na ordem do dia, quando se fala de inovação. Para a maioria dos CEOs, os avanços ao nível da IA terão implicações positivas ao nível do emprego: 62% acreditam que a IA criará mais empregos do que os que destruirá. Em Portugal, esta visão optimista é ainda mais acentuada (84%).
“Numa era em que a disrupção introduzida, por exemplo, pelos avanços na área da robotização e da análise de dados, nos aproxima de capacidades que não antecipávamos há alguns anos, serão cada vez mais as características individuais dos gestores – as suas experiências e a sua visão – a marcar a diferença”, referiu Sikander Sattar, Presidente do Conselho de Administração da KPMG Portugal.
Via KPMG Portugal.