Originalmente Skyrim foi lançado em 2011. Joguei muitas, muitas horas mas nunca o acabei: falta-me a última parte da main quest. O save ainda existe algures no disco rígido da minha Xbox 360. Não acabei porque investi tanto tempo a explorar o mundo, a resolver as side quests, a arranjar os materiais e a fabricar armaduras, ou simplesmente a admirar o cenário espectacular criado pelas pessoas da Bethesda, que a ideia de deixar algo para trás parecia errada.
Recapitulando, Skyrim é o quinto episódio da série Elder Scrolls. Trata-se de um jogo de mundo aberto em que a nossa personagem tem como objectivo derrotar Alduin the World Eater, um dragão que, segundo a profecia, vai destruir o mundo.
Mas isto não é assim tão fácil porque a personagem tem primeiro de criar as condições para o fazer, ou seja, tem de obter as armas e o conhecimento necessários para derrotar o dragão – e isso só se consegue progredindo. Para isso há que fazer muitas quests que, variadas vezes, envolvem tomar decisões nem sempre fáceis. Tudo isso obriga a muitas viagens, a pé e a cavalo, e também à exploração de muitas masmorras, castelos ou florestas cheias de ameaças, desde animais selvagens a monstros.
Há mesmo outros dragões que têm de ser derrotados até estarmos prontos para completar a quest principal. Note-se que a progressão não é linear, o jogador tem muitos caminhos possíveis. Pode, por exemplo, ser um guerreiro que dá primazia à força física e resistência, ou um mago que tem menos capacidades físicas, mas que consegue eliminar muitos inimigos com um só feitiço. Ou pode ser um misto de várias classes, já que as combinações são mais que muitas.
Quando instalei o jogo na Switch percebi que jogar Skyrim é como andar de bicicleta: na consola da Nintendo, os comandos são basicamente os mesmos, logo começar a jogar não foi nada complicado.
Por falar em comandos, na versão para Switch pode jogar-se com os controlos destacados e fazer uso das funcionalidades de comando por gestos da consola. Isto é interessante em combate porque, por exemplo, quando se está a tentar alvejar alguma coisa com um arco e flecha pode fazer-se mesmo os movimentos como no mundo real. E, quando está prestes a largar a linha para disparar, convém suster um pouco a respiração para que a flecha acerte no alvo.
A versão de Skyrim para Switch tem um problemazinho para quem gosta de jogar em modo portátil. É um problema também afecta Doom, o outro título que a Bethesda converteu para a consola da Nintendo, e trata-se do facto do texto na interface ficar minúsculo quando que se quer jogar no ecrã LCD da consola. Quando se joga com a consola ligada à TV, o problema desaparece completamente.
Graficamente, Skyrim para Switch não fica atrás das versões originais para PS3 e Xbox 360 e chega mesmo a superá-las. Tirando a questão da interface, jogar no ecrã da consola é uma experiência excelente.
Ponto final
Ao fim deste tempo todo, voltar a pegar em Skyrim foi uma boa experiência. A versão para Switch está muitíssimo bem conseguida tanto a nível gráfico, como ao nível do gozo que dá usar os comandos por gestos da consola. O único senão é mesmo o tamanho da letra na interface quando se joga em modo portátil. Vai ser desta que acabo o jogo!
Distribuidor: Nintendo
Site: nintendo.pt
Preço: €59,99