Uma empresa neozelandesa foi a primeira a encontrar um meio de fazer radiografias a cores do corpo humano através de um scanner médico avançado. O dispositivo utiliza a tecnologia Medipix 3 que está em desenvolvimento no CERN há 10 anos para responder às necessidades da detecção de partículas do acelerador Large Hadron Collider.
Esta tecnologia é capaz de produzir imagens de alta resolução através do rastreamento de partículas. Os dispositivos com a tecnologia Medipix funcionam como uma câmara que consegue identificar partículas subatómicas individuais quando estas entram e contacto com o sensor enquanto obturador está aberto. De acordo com Phil Butler, um dos responsáveis pelo desenvolvimento do scanner, o chip Timepix 3 é o verdadeiro responsável por este avanço. Segundo ele: “Os píxeis pequenos e a resolução precisa querem dizer que esta nova ferramenta de imagiologia é capaz de produzir imagens como mais nenhuma hoje em dia.”
Ao combinarem a informação produzida pelo chip com os algoritmos proprietários, os cientistas da MARS conseguiram produzir imagens tridimensionais a cores onde se consegue distinguir a gordura, água e indícios de doenças. Existe uma versão mais pequena do dispositivo que tem sido usada para o estudo do cancro e doenças vasculares que já produziu resultados promissores e, graças ao acordo entre a MARS, a produtora do novo dispositivo, e o CERN, esta tecnologia será comercializada em breve.
Em breve este scanner será utilizado nos primeiros testes clínicos que se irão focar nas especialidades de reumatologia e o ortopedia.
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