De acordo com o estudo “2018 Harvey Nash/KPMG CIO Survey”, as empresas aumentaram o investimento em segurança e privacidade dos dados para garantirem a conformidade com o Regulamento Geral de Protecção de Dados (RGPD).
O estudo mundial, que analisa respostas de organizações com investimentos anuais combinados em cibersegurança, concluiu que, face a 2017, mais 23% dos entrevistados estão a prioritizar melhorias na cibersegurança.
Ameaças à confiança e privacidade dos dados continuam a dominar a atenção dos CIOs, mas ao mesmo tempo que as medidas para melhorar a segurança estão em curso, mais de um terço dos entrevistados (38%) previa não estar em conformidade com o RGPD no prazo estipulado.
Além disso, 77% dos líderes de TI estão “mais preocupados” com a ameaça de cibercrimes organizados, contra 71% no ano passado e 22% afirma estar bem preparado para um ciberataque.
O movimento em direcção às plataformas e soluções digitais “está a ser um grande desafio para os CIOs”. Embora as organizações reconheçam que uma estratégia digital eficaz é fundamental para a segurança dos dados, muitas ainda enfrentam problemas – 78% afirmam que a sua estratégia digital é apenas moderadamente eficaz ou pior.
Mais de um terço das empresas (35%) não consegue contratar e qualificar as pessoas necessárias com competências digitais. E quase uma em cada dez (9%) considera que não existe uma visão ou estratégia digital clara.
As organizações com um Chief Digital Officer (CDO), seja numa função dedicada ou actuante, “têm duas vezes mais probabilidade de ter uma estratégia digital clara e persistente do que aquelas que não têm um CDO” (44% vs 21%).
“Os resultados deste ano mostram-nos que há uma atenção crescente aos temas de cibersegurança e também de privacidade e governance de dados pessoais, algo a que não será indiferente a entrada em vigor do RGPD e o aumento dos incidentes de cibersegurança a nível global”, referiu Rui Gonçalves, Partner de IT Advisory da KPMG em Portugal.
“Os CIOs têm um caminho difícil”, salientou Albert Ellis, CEO da Harvey Nash. “Por um lado, o conselho de administração pede-lhes que alavanquem a inovação, promovam a transparência e, face às crescentes violações de dados, garantam o uso responsável da informação dos clientes. Por outro lado, os boards estão a aumentar o escrutínio e a pedir melhores relatórios de cibersegurança, resiliência e integridade dos dados, à medida que reguladores e consumidores se tornam mais exigentes relativamente aos dados pessoais. As organizações que conseguirem este equilíbrio, entre inovação e governance, estão mais bem posicionadas para competir num ambiente tecnológico cada vez mais complexo”.
Via KPMG, Harvey Nash.