No último ano e meio o Facebook “comprometeu-se a combater as notícias falsas, combinando tecnologia com revisão feita por pessoas, e removendo contas falsas, apostando em parcerias com verificadores de factos (fact-checking) e promovendo literacia noticiosa”.
Desde o lançamento do seu programa de fact-checking por terceiros, na Primavera passada, que o Facebook expandiu esta rede a 14 países – aos quais outros se juntarão até ao final do ano. Estas entidades independentes e certificadas “avaliam a exactidão das histórias publicadas no Facebook, ajudando a rede social a reduzir a propagação de histórias consideradas falsas em cerca de 80%”.
Um dos desafios no combate à desinformação é que esta se manifesta de forma diferente nos diversos tipos de conteúdos e países. Para combater esta questão, o Facebook alargou os seus testes de fact-check de fotografia e vídeo a quatro países – que inclui o que é manipulado (ex: vídeo editados que mostram algo que na realidade não aconteceu) ou tirado do contexto (ex: uma fotografia de uma tragédia anterior associada a outro conflito, noutra data).
Com mais de um milhar de milhão de peças de conteúdo publicadas diariamente, o “Facebook está ciente que os revisores de factos não conseguem rever todas as histórias uma por uma”. Por isso mesmo, a rede social está a estudar novas formas de identificar notícias falsas e agir a uma escala maior.
Historicamente, o Facebook tem recorrido aos ratings fornecidos pelos fact-checkers para identificar Páginas e domínios que, repetidamente, partilham notícias falsas. Nessa altura o Facebook actua, reduzindo a sua distribuição e retirando-lhes a sua capacidade de monetização.
Para ajudar a restringir intervenções externas no discurso público, o Facebook começa agora a recorrer à machine learning para identificar e reduzir Páginas estrangeiras com maior probabilidade de disseminarem embustes com motivação financeira a pessoas de outros países.
Em Abril, o Facebook anunciou uma nova iniciativa para ajudar a promover uma pesquisa independente sobre o papel das redes sociais nas eleições – e na democracia em geral.
Nas próximas semanas, a comissão vai liderar um pedido de propostas para medir o volume e efeitos da desinformação no Facebook. De seguida, irá gerir um processo de revisão pelos seus pares para seleccionar que académicos irão receber fundos pelas suas pesquisas e aceder a conjuntos de dados privados/protegidos. Esta pesquisa externa, validada, “ajudará o Facebook perceber que progressos tem vindo a alcançar”.
Via Facebook.