Depois de, no início deste ano, ter sido impedida de entrar no mercado americano através de acordos com os principais operadores do país, por receio que os seus produtos pudessem ser usados em espionagem, a Huawei pode estar prestes a enfrentar mais problemas com o estado americano.
Membros do senado e da câmara dos representantes dos Estados Unidos enviaram uma carta ao CEO da Google, Sundar Pichai, a pedir-lhe que reconsidere a relação que a empresa tem com a terceira maior fabricante de smartphones do mundo.
Segundo a carta: “As empresas de telecomunicações chinesas, como a Huawei, têm muitas ligações ao Partido Comunista Chinês. Em resultado disto, a parceria entre a Google e a Huawei pode colocar um risco muito sério à segurança nacional e aos cidadãos americanos.”
A carta foi assinada por um grupo de senadores, incluindo Marco Rubio e Tom Cotton e por um grupo de representantes, como Mike Conway, Liz Cheney e Dutch Ruppersberger. Os autores da carta também indicam que recentemente a Google recusou-se a renovar a participação no Project Maven, uma inteligência artificial criado para melhorar o funcionamento dos drones militares do exército americano.
Outra passagem desta carta diz: “Temos pena que a Google não tenha querido continuar a longa tradição de colaboração entre o exército e as empresas de tecnologia. Mas estamos ainda mais decepcionados com a Google por aparentemente estar mais interessada em colaborar com Partido Comunista Chinês do que com o nosso exército.”
Embora tenham surgido rumores de que a Huawei estaria a desenvolver um sistema operativo próprio, o Android da Google está presente em todos os dispositivos da marca chinesa.